«O Governo e o PR querem o fim das concessões», protestou a Comissão de Trabalhadores da CP, que no dia 20 enviou, às demais organizações de trabalhadores do sector ferroviário, um convite para uma reunião no dia 2 de Janeiro, com o objectivo de avaliar esta e outras situações e analisar a realização de acções concretas em defesa dos direitos.

No Orçamento do Estado para 2013, prevê-se que os trabalhadores das empresas públicas de transportes deixam de ter acesso às concessões (direito a viagens gratuitas na empresa onde trabalham), uma restrição que também é aplicada a familiares e aos reformados.

Para a CT da CP, esta medida «só pode ser entendida como mais uma vingança contra os direitos dos trabalhadores». As concessões «não custam um cêntimo à CP, não aumentam a despesa do Estado nem dos contribuintes e não impedem a venda de bilhetes ao público». Além do mais, «o direito contratual às concessões está devidamente fixado pelas sucessivas administrações, ao longo de mais de cem anos», e «foi um benefício utilizado como incentivo à contratação de novos trabalhadores.»