Bombeiros sem condições
O Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa denunciou recentemente a falta de meios materiais no Regimento de Sapadores Bombeiros. «Desde o dia 5 de Julho que estão indisponíveis três veículos urbanos de combate a incêndios, agravando assim a já débil prestação de socorro à cidade», revelou o STML/CGTP-IN.
Na nota de imprensa que emitiu dia 10, denunciou ainda a existência de apenas dois auto-escadas para toda a cidade de Lisboa. «Se ocorrerem dois incêndios em simultâneo, o que é vulgar, estará criada uma situação de risco elevado, pois é frequente a necessidade de utilizar dois auto-escadas num só incêndio», explica o STML, dando também conta de que as quatro ambulâncias de socorro do RSB não podem prestar socorro «por avarias ou impedimentos de vária ordem».
Também na Região Autónoma da Madeira a situação dos bombeiros é de «extrema gravidade», considerou o PCP, numa nota divulgada dia 12 e na qual o Partido manifestou apoio à acção de protesto que iria decorrer no dia seguinte, no Funchal, promovida pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais e pelo Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais. Os comunistas chamara a atenção para a precariedade laboral, o risco de desemprego, os salários e subsídios em atraso e a falta de investimentos. «É inadmissível que quem arrisca a vida todos os dias para garantir que os outros possam viver, acabe por ser alvo de tão vergonhoso tratamento por parte das entidades responsáveis, nomeadamente o Poder Central, o Governo Regional e as autarquias», conclui o comunicado.