A Direcção da Organização Regional do Porto do PCP comentou os dados do desemprego divulgados pelo IEFP através de um comunicado do seu Gabinete de Imprensa emitido no dia 16. Relativamente ao distrito, estavam inscritos nos centros de emprego, no mês de Maio, 15,4 por cento da população activa, o que representa uma taxa «muito superior à média nacional».

Este valor, sendo elevado, é calculado com base nos dados disponíveis, fornecidos pelo IEFP e pelo INE, acreditando o PCP que estão ainda «longe de quantificar todos os desempregados do distrito». Em comparação com o período homólogo do ano passado, o desemprego cresceu em todos os concelhos do distrito do Porto num valor médio de 18,5 por cento, sendo os casos mais alarmantes Penafiel e Matosinhos, ambos com uma variação relativa superior a 30 por cento.

Matosinhos «quase suplanta o concelho de Vila Nova de Gaia – que tem quase o triplo da população activa – no aumento em termos absolutos de novos inscritos nos Centros de Emprego: 2925 novos inscritos no período de um ano, contra os 2974 de Vila Nova de Gaia», realça o PCP. Já na comparação homóloga, Penafiel regista o maior aumento no desemprego de longa duração em termos relativos (14,9 por cento) e em termos absolutos só é ultrapassado por Gondomar, com 474 novos desempregados de longa duração, e Matosinhos com 290.

Na opinião do PCP, os dados revelados pelo IEFP «confirmam o caminho de afundamento do pacto de agressão que este Governo – com um ano de existência – assume cumprir». Por essa razão, acrescentam os comunistas do Porto, é «inteiramente oportuna e justificada a moção de censura ao pacto de agressão, ao Governo e à política de direita que o PCP anunciou».