Mineiros espanhóis mantêm greve
Os sindicatos do sector mineiro espanhol realizaram, dia 31, a quarta jornada de greve, levando milhares de trabalhadores para as ruas de Madrid, onde se defrontaram com cargas policiais, de que resultaram vários feridos e pelos menos duas detenções.
Concentrados frente ao Ministério da Indústria, Energia e Turismo, os mineiros demonstraram a sua adesão plena à greve, convocada na véspera por prazo ilimitado, pelas duas principais centrais sindicais do país, Comisiones Obreras e UGT, após um infrutífero encontro com representantes da tutela.
Sindicatos e trabalhadores estão conscientes de que a insistência do governo na redução de 64 por cento das ajudas ao sector levará ao encerramento da maioria das minas e à destruição de mais de 12 mil postos de trabalho directos e cerca de 30 mil indirectos.
Os manifestantes, provenientes na sua maioria das regiões mineiras de Leão, Aragão e Astúrias, desfilaram com as suas famílias pelas ruas da capital espanhola, em defesa do futuro das regiões mineiras e exigindo ao governo o cumprimento do Plano Nacional do Carvão.
A paralisação afecta os dez centros mineiros do grupo Hunosa nas Astúrias, assim como as explorações de Castela e Leão, Castela Mancha e Aragão.