Resposta de luta à repressão

A greve geral continua

Depois dos casos denunciados durante a greve geral, que tentavam refrear a disposição de luta dos trabalhadores, também as pressões contra quem aderiu à luta têm agora resposta firme.

Resistir significa persistir no combate

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No Continente do Cascais Shopping, «os mandantes dos patrões» foram ter com quem fez greve no dia 22 de Março, clamando que haveria obrigação de previamente avisar a empresa. A denúncia foi feita na semana passada pelo Sindicato da Agricultura, Alimentação, Bebidas e Tabaco, numa nota de imprensa em que, além daquela exigência ilegal, se informa que responsáveis do estabelecimento chegaram a ameaçar que quem faltar ao trabalho no dia 1 de Maio terá falta injustificada.

No Centro Distrital de Lisboa do Instituto de Segurança Social, responsáveis da Unidade de Gestão e Atendimento fizeram vários telefonemas, nos dois dias antes da greve geral, a inquirir quem iria aderir. Para o Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública do Sul e Açores, que denunciou o caso à comunicação social, o objectivo era encontrar forma de substituir quem fizesse greve, o que chegou a acontecer nas tesourarias de Sintra e da Amadora, para onde foram enviados trabalhadores do serviço do Areeiro.

Uma ilegalidade semelhante foi denunciada no Centro de Saúde de Ponta Delgada, onde trabalhadores em greve foram substituídos por chefias. Houve pressão e coacção noutros serviços da RA dos Açores, denunciou dia 29 de Março o dirigente regional do STFPSA/CGTP-IN, João Decq Mota. Nalguns casos, chegou a ser exigido a trabalhadores que assinassem documentos a declarar que tinham estado em greve.

 

Administradores

acusados

 

Manuel Ferreira de Oliveira, Fernando Gomes, Gomes da Silva, André Ribeiro, Fabrício Dassogno e Cláudio de Marco, administradores da Petrogal, do Grupo Galpenergia, foram constituídos arguidos, no processo desencadeado pelos sindicatos da Fiequimetal/CGTP-IN, em resposta à decisão da empresa de descontar mais dias do que os que durou a greve realizada em Abril de 2010.

A informação foi revelada recentemente aos trabalhadores, num comunicado da federação em que se exige a imediata reposição dos valores descontados. Inicialmente, tinha sido levantada uma acção-crime contra o director de Recursos Humanos da Petrogal, que assinou a comunicação sobre os descontos ilegais e abusivos. No entanto, o Ministério Público da Comarca do Alentejo Litoral considerou-o «mero funcionário» e dirigiu o foco da Justiça para a Comissão Executiva da Petrogal.



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