Uma «autêntica roubalheira», assim classificou o deputado Bruno Dias o preço dos combustíveis e dos transportes, bens e serviços, que, assinalou, «nunca estiveram tão caros».

Falou dos seus efeitos devastadores sobre as populações e as micro e pequenas empresas, cuja situação «é cada vez mais caótica e insuportável», frisando que estas são «obrigadas a pagar a factura dos lucros milionários das petrolíferas».

Os preços dos combustíveis, antes de impostos, são dos mais altos da Europa, «num país onde os salários e as reformas são dos mais baixos e mais pobres da Europa», acrescentou o deputado do PCP, sublinhando que é este o «sacrossanto mercado que o Governo ergue no altar onde sacrifica o dia-a-dia de milhões de trabalhadores, de milhares de pequenas e médias empresas».

«Com a gasolina a €1,74 e o gasóleo a €1,52 há quem, hoje, não tenha dinheiro para ir trabalhar, há empresas que não têm condições para manter a actividade», lamentou Bruno Dias, antes de perguntar se é esta a «modernidade» de um Governo que em 10 meses impôs aumentos tarifários entre 25 e 140 por cento nos transportes, acabou com o passe para os estudantes, eliminou centenas de ligações de transportes públicos.