Alemanha

Semana de greves por salários

Trabalhadores dos serviços públicos de vários estados federados alemães participaram nas chamadas greves de aviso, convocadas ao longo da semana passada pelo sindicato Ver.di.

As greves parciais fizeram-se sentir na própria feira de tecnologia de Hanover, a capital da Baixa Saxónia, onde, na sexta-feira, 9, os autocarros e eléctricos não saíram dos terminais até meio da manhã, afectando centenas de milhares de utentes.

No quarto dia consecutivo de paralisações, também o estado da Baviera foi atingido por interrupções em vários serviços, desde repartições públicas, à recolha de resíduos e serviços de limpeza, bem como transportes urbanos. Cerca de dez mil funcionários terão aderido à greve segundo números do sindicato.

No estado de Hesse, a cidade de Marburg ficou sem transportes públicos, registando-se igualmente paragens nas companhias municipais de electricidade, gás e água. Ainda neste estado, não circularam nem autocarros nem eléctricos na cidade de Kessel.

De acordo com o Ver.di, Berlim, Brandeburgo e Bremen foram outras importantes cidades em que se verificou paragens nos serviços públicos.

Já no estado de Bade-Vurtemberga, as greves afectaram sobretudo as adminisrações regionais, a Agência Federal de Emprego e as companhias de electricidade, água, gás e transportes.

O sindicato manteve a pressão das greves durante toda a semana, convocando de forma selectiva paralisações nos 16 estados federados e nas diversas actividades do sector, que engloba os funcionários públicos das administrações regionais e municipais, num total de cerca de dois milhões de trabalhadores.

O objectivo é lutar por aumentos salariais de 6,5 por cento, proposta que os representantes das entidades empregadoras não aceitam, exigindo que o sindicato baixe a fasquia antes da abertura das negociações.



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