Agitação nas universidades checas
Dezenas de milhares de estudantes do Superior realizaram uma semana de protestos, que terminou no dia 2, contra o aumento das propinas e a privatização das universidades.
A «semana de agitação» envolveu mais de 20 mil jovens em 12 cidades universitárias do país, com manifestações e ocupação de faculdades, em que o alvo personificado foi o ministro da Educação, Josef Dobes.
O protesto, inédito desde o derrubamento do regime socialista, é dirigido contra a reforma do Superior que prevê aumentos drásticos das propinas, dos actuais 100 euros para mil euros por ano, e a participação de políticos e grandes empresários na definição dos programas e em conselhos de vigilância dos estabelecimentos superiores.
O descontentamento dos estudantes coincide com a avaliação negativa da situação do país, partilhada por 75 por cento da população. Uma recente sondagem indica igualmente que para 31 por cento dos inquiridos a vida era melhor durante o regime socialista, contra 23 por cento que defendem opinião contrária.
O inquérito mostra ainda uma desaprovação geral da política de privatizações iniciada em 1989. Uma maioria de 63 por cento considera que os serviços públicos funcionavam melhor antes, e 72 por cento afirmam que as relações humanas eram então mais sãs.