Novas medidas à vista?
O Banco de Portugal (BdP) acredita que será necessário adoptar novas medidas de «austeridade» este ano. No seu Boletim de Inverno, publicado esta semana, a instituição garante que o recurso ao fundo de pensões da banca, utilizado para cumprir as metas do défice em 2011, acarretou um aumento da despesa do Estado, que terá de ser compensado com receitas adicionais.
Questionado, anteontem, pelos deputados, o ministro Vítor Gaspar negou a intenção de implementar novas medidas por causa desta operação, admitindo apenas o recurso a «medidas adicionais de gestão», como a alienação de património ou a atribuição de concessões de jogo.
Mas as garantias do ministro das Finanças não convencem o PCP que, através do deputado Honório Novo, afirmou que mantendo-se a «rota para o abismo», Vítor Gaspar terá, dentro de meses, que se desmentir a si próprio e anunciar novas medidas penalizadoras das condições de vida dos trabalhadores e do povo, bem como da própria economia nacional. Segundo o deputado comunista, as projecções do Banco de Portugal (que apontam para um recuo da economia de 3,1 por cento este ano) não surpreendem: há muito que o PCP garante que o pacto de agressão «conduziria incontornavelmente a uma situação recessiva, com o aumento do desemprego, com o empobrecimento do País e falta de perspectivas de crescimento económico». Aliás, acrescentou, só com crescimento será possível resolver os problemas do País, incluindo o problema das contas.
O Banco de Portugal não estabelece as medidas que deveriam ser tomadas, mas deixa aberta a possibilidade de estas passarem por novos aumentos de preços de bens e serviços essenciais.
Questionado, anteontem, pelos deputados, o ministro Vítor Gaspar negou a intenção de implementar novas medidas por causa desta operação, admitindo apenas o recurso a «medidas adicionais de gestão», como a alienação de património ou a atribuição de concessões de jogo.
Mas as garantias do ministro das Finanças não convencem o PCP que, através do deputado Honório Novo, afirmou que mantendo-se a «rota para o abismo», Vítor Gaspar terá, dentro de meses, que se desmentir a si próprio e anunciar novas medidas penalizadoras das condições de vida dos trabalhadores e do povo, bem como da própria economia nacional. Segundo o deputado comunista, as projecções do Banco de Portugal (que apontam para um recuo da economia de 3,1 por cento este ano) não surpreendem: há muito que o PCP garante que o pacto de agressão «conduziria incontornavelmente a uma situação recessiva, com o aumento do desemprego, com o empobrecimento do País e falta de perspectivas de crescimento económico». Aliás, acrescentou, só com crescimento será possível resolver os problemas do País, incluindo o problema das contas.
O Banco de Portugal não estabelece as medidas que deveriam ser tomadas, mas deixa aberta a possibilidade de estas passarem por novos aumentos de preços de bens e serviços essenciais.