Anteontem, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A25, A24 e A23 realizou, em Viseu, uma recolha de postais dirigidos ao primeiro-ministro. No final, os membros da comissão dirigiram-se à Estação Central dos CTT para enviar os postais recolhidos.

Na quinta-feira, em declarações à Lusa, os utentes reagiram ao pedido de esclarecimentos do Presidente da República ao Governo sobre portagens nas SCUT, pedindo o veto do diploma. Francisco Almeida, que integra a comissão, disse mesmo que o pedido «pode ser resultado da luta das populações».

Entretanto, no próximo dia 12, terá lugar, às 15 horas, uma concentração de luta, no Largo da Estação da CP de Aveiro, que depois seguirá, em desfile, até à Praça Melo Freitas. Este protesto é promovido pelo Movimento de Utentes em defesa dos Serviços Públicos do Distrito de Aveiro, movimento ao qual a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A17/A25/A29 pertence.

«O Governo vai aplicar portagens na totalidade da A25, eliminando assim o direito ao acesso gratuito a uma estrada de tanta necessidade para a região. Que alternativas têm os utilizadores desta via? Como irá a população e a região suportar os custos desta portagem? », interroga-se o Movimento, que responde: «Esta via não tem alternativas capazes! A população e a região não podem suportar os custos destas portagens!».

Antes que seja tarde demais

Perante a possibilidade de o Governo vir a introduzir portagens entre Ermesinde e o Porto, na A4, afectando cerca de 70 mil condutores, foi criado, há dias, o Movimento de Utentes Contra a Colocação de Portagens entre Ermesinde e o Porto (MUCCPEP). «Pensamos que é necessário lutar antes que seja tarde demais», salientam, em nota à comunicação social.