Voto inequívoco do povo nicaraguense

Daniel Ortega reeleito presidente

O actual presidente e candidato a um novo mandato pela Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), Daniel Ortega, foi reeleito para a presidência da Nicarágua com mais do dobro dos votos do seu mais directo adversário.

Os nicaraguenses votaram sem medo

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De acordo com os dados preliminares, divulgados segunda-feira pelo Supremo Concelho Eleitoral, Ortega recolheu quase 64 por cento dos votos expressos. Em segundo lugar ficou o candidato do Partido Liberal Independente, Fabio Gadea, que não foi além dos 29 por cento do total dos boletins.

O sufrágio, considerado por Ortega e pela FSLN como de extraordinária importância para o futuro do país, foi dos mais participados de sempre, com uma taxa de afluência a rondar os 85 por cento dos cerca de 3 milhões e 400 mil nicaraguenses habilitados a votar.

Para além do presidente, o povo escolheu 90 deputados à Assembleia Nacional, mas à hora do fecho da nossa redacção ainda não estavam disponíveis os dados finais relativos à nova composição do parlamento.

Apesar das sondagens à boca-da-urna estarem proibidas, e do Supremo Concelho Eleitoral ter advertido que somente a entidade reguladora estava autorizada a revelar resultados, a confiança na vitória por parte dos militantes e apoiantes da FSLN era tal que milhares vieram para as ruas da capital, Manágua, celebrar o triunfo da soberania, da justiça social e do progresso sobre o medo, como, aliás, havia pedido Daniel Ortega e a FSLN durante todo a campanha eleitoral.

 

Tentativa de boicote

 

A jornada de domingo foi considerada pelo Supremo Conselho Eleitoral como «positiva e tranquila», com a quase totalidade das 13 mil mesas de voto instaladas em todo o país a funcionar com normalidade. Não obstante, ocorreram algumas irregularidades «promovidas pela estrutura do candidato Fabio Gadea», disse o juiz responsável da entidade, Roberto Rivas.

Rivas acusou Gadea e o Partido Liberal de tentarem boicotar as eleições, atrasando-se propositadamente na indicação de delegados.

A tardia credenciação dos liberais é responsável pelos atrasos na abertura de mesas de voto nas regiões mais inóspitas, disse Rivas, que, para além deste obstáculo, confirmou que no Norte e Oeste da Nicarágua os liberais também queimaram documentos de identificação e registos eleitorais.



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