A resistência do povo continuará
Reagindo à morte em combate do seu comandante-chefe, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército Popular (FARC-EP) garantiu que «a única realidade simbolizada pela queda em combate do camarada Alfonso Cano é a imortal resistência do povo colombiano, que prefere morrer do que viver de joelhos a mendigar».
Em comunicado divulgado pela Agência de Notícias Nova Colômbia (ANNCOL), o secretariado do Estado-Maior Central da guerrilha acrescenta que «a história das lutas deste povo está repleta de mártires, de mulheres e de homens que jamais deram o seu braço a torcer na busca da igualdade e da justiça».
Entre a «oligarquia colombiana e os seus generais» ainda «ressoam as alegres gargalhadas e os brindes de entusiasmo» pela morte de Alfonso Cano, acompanhadas pelas vozes que garantem que o acontecimento «significa o fim da guerrilha». Mas para as FARC «não será esta a primeira vez que os oprimidos e explorados da Colômbia choram um dos seus grandes dirigentes. Nem tão pouco a primeira em que o substituirão com a coragem e a convicção absoluta na vitória».
«A paz na Colômbia não nascerá de nenhuma desmobilização guerrilheira, mas da abolição definitiva das causas que dão origem ao levantamento», insiste a direcção da organização armada.
«Morreu o Camarada e Comandante Alfonso Cano. Caiu o mais fervoroso defensor da necessidade de uma solução política e da paz. Viva a memória do comandante Alfonso Cano!», conclui o texto datado de sábado, dia 5.