Cortes?
A Federação Nacional de Sindicatos da Função Pública exigiu na sexta-feira que «seja posto cobro a esta imoralidade», reagindo à notícia de que diversos membros do Governo vão continuar a receber «um subsídio de renda de casa que é quase três vezes o salário mínimo nacional», além de «despesas de representação de milhares de euros mensais», como «todos os outros titulares de cargos políticos e altos cargos da Administração Pública».
Segundo o Correio da Manhã daquele dia, os ministros da Defesa, João Pedro Aguiar-Branco, e da Administração Interna, Miguel Macedo, bem como sete secretários de Estado «vão juntar 1152 euros de subsídios de alojamento aos respectivos salários mensais» – de 6885,40 euros, no caso dos ministros, e de 6133,55 euros, no que toca aos secretários de Estado. Estes são José Cesário, das Comunidades Portuguesas; Juvenal Peneda, adjunto do ministro da Administração Interna; Simões Júlio, da Administração Local e Reforma Administrativa; Cecília Meireles, do Turismo; Daniel Campelo, das Florestas e Desenvolvimento Rural; Marco António Costa, da Solidariedade e Segurança Social, e Vânia Barros, adjunta do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. O matutino citava a decisão publicada na véspera no Diário da República.
Para a FNSFP/CGTP-IN, devem acabar «as despesas de representação, os subsídios de renda de casa e de deslocação, os cartões de crédito e os telefones de casa pagos, a gasolina e outras prebendas, que todos estes senhores recebem à nossa conta e que não tiveram cortes».