Contacto com os trabalhadores

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No início da semana, dois dias depois das manifestações convocadas pela CGTP-IN que juntaram centenas de milhares de pessoas no Porto e em Lisboa, a CDU participou em várias acções de contacto com os trabalhadores do concelho do Funchal. Junto à Horários do Funchal, Leonel Nunes, segundo da lista, encabeçada por Edgar Silva, lembrou que o «serviço público» prestado por aquela empresa de transportes «não será feito se for privatizada». Sobre esta situação, manifestou a sua preocupação com as «centenas de trabalhadores que poderão ser despedidos», referindo que Alberto João Jardim «não lhes deitará a mão».

Considerando que o futuro reserva «despedimentos, e diminuição e congelamento de salários», o candidato desafiou, por isso, os trabalhadores, no domingo, a não continuarem a dar «tiros no pé».

«Estamos aqui a alertar os trabalhadores que é um bluff quando se diz que o Código de Trabalho não se vai aplicar na Região, ele vai aplicar-se e Alberto João Jardim não se vai opor, porque ele está disponível, sempre esteve disponível para auxiliar os seus correligionários e para encher os bolsos aos poderosos», denunciou o candidato.

 

População mais penalizada

 

No domingo, em Santo António, Funchal, Edgar Silva deu conta de que PSD e CDS, partidos que formam a coligação governamental, já acertaram um «pacote de sacrifícios» para quem vive na Região Autónoma.

«Se até há um tempo havia uma agenda oculta, agora há um programa que está fechado, aprovado, decidido e que, na prática, envolve o Governo da República e o da Região, inclui compromissos bem concretos entre o PSD e o CDS», disse o cabeça de lista da CDU, informando que esse programa é «destinado exclusivamente a quem vive na Região».

A este propósito, lembrou a «experiência mais recente» em matéria de sacrifícios. «Antes de 5 de Junho, o CDS e o PSD não acertaram qualquer acordo pré-eleitoral, mas acasalaram depois das eleições legislativas nacionais e juraram a pés juntos que não admitiam sacrifícios adicionais de aumentos de impostos. No entanto, fizeram exactamente o contrário», sublinhou Edgar Silva, lembrando que «é possível derrotar e enfraquecer esse programa que está já assumido para a Região» e defendendo uma «grande mobilização» do eleitorado, no domingo, dia das eleições.

 

Sacrifícios adicionais

 

Em Câmara de Lobos, um dos concelhos onde a pobreza se faz sentir de forma mais gritante, Edgar Silva anunciou que a CDU não aceitará uma troika 2 para a Região. «Essa dívida não é nossa e, se necessário for, faremos um apelo para que a população recuse pagar esse pacote de sacrifícios adicionais», garantiu o cabeça de lista da Coligação.

Para Edgar Silva, «o que pretendem PSD e CDS é impor novas medidas de empobrecimento», pelo que «a CDU tudo fará para que não vão por diante». «Nós não devemos, nós não pagamos e não aceitaremos que o povo da Região Autónoma da Madeira pague a factura por esta governação tresloucada de Alberto João Jardim», insistiu.

 

Defender os reformados

 

Na sexta-feira, a candidatura da CDU foi até à Freguesia de Santo André, no concelho do Funchal. Ali, Edgar Silva pediu ao reformados, pensionistas e idosos que votem nas forças partidárias que trabalham e defendem os seus interesses.

«A CDU foi a força política que maior número de iniciativas apresentou e que maior número de propostas viu aprovadas», garantiu o candidato, dando como exemplo a bonificação do complemento solidário para idosos de quem vive na Região ou o acréscimo de dois por cento em todas as prestações da Segurança Social que são pagas no arquipélago.

Ainda no âmbito da actividade parlamentar, Edgar Silva apontou o complemento de insularidade, que aumenta em 65 euros as pensões inferiores ao valor do salário mínimo. Neste sentido, o cabeça de lista da CDU defendeu que «na hora do voto é preciso distinguir entre aqueles que nada fizeram e aqueles que trabalharam», assinalando que «houve deputados, mesmo na oposição, que nem um único projecto apresentaram» no Parlamento Regional.

 

«Triângulo do betão»

 

No dia anterior, Edgar Silva denunciou a existência de alguns «berbicachos» no concelho de São Vicente que, no entender da CDU, serviram para «saciar o triângulo do betão».

«São berbicachos do “jardinismo” que comprovam o esbanjamento de dinheiros públicos», disse Edgar Silva à Lusa, referindo, por exemplo, os dois campos de futebol relvados, num concelho que «não tem equipas em qualquer competição».

O candidato comunista apontou, ainda, o Parque Empresarial das Ginjas, que «se encontra às moscas», ou o parque urbano da sede do concelho, que «não tem a finalidade que lhe era destinada».

«Estes são alguns exemplos de berbicachos, mas este não é um problema exclusivo de São Vicente, pois situações destas multiplicam-se pela região, onde há centenas», declarou Edgar Silva, considerando que estas obras tiveram como «único objectivo saciar e satisfazer o triângulo do betão».

Segundo Edgar Silva, «o triângulo do betão é constituído por Alberto João Jardim, Jaime Ramos e Santos Costa», respectivamente presidente do Governo Regional, deputado e secretário-geral do PSD-Madeira, e secretário Regional do Equipamento Social.



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