«Uma saborosa vitória» em Tramagal
Após a população do Tramagal ter protestado e manifestado a sua revolta através da recolha de mais de 1500 assinaturas, os Correios de Portugal voltaram a trás e suspenderam a decisão de encerrar a Estação dos CTT e abrir um posto na vila. O anúncio de encerramento daquela estação dos Correios, previsto para o dia 29 de Setembro, indignou a população da Freguesia, pela falta de condições da alternativa – os serviços funcionariam numa pequena pastelaria –, que promoveu, dois dias antes, uma concentração popular que juntou cerca de um milhar de pessoas.
Em declarações à Lusa, Bruno Neto, do Movimento Cidadania de Tramagal, afirmou que o anúncio da suspensão do encerramento prova que a população, «quando unida, faz ouvir a sua voz e os seus direitos», lembrando que a alternativa anunciada «não oferecia as mínimas condições de sigilo, qualidade do serviço prestado, logística, segurança, eficiência e excelência».
Segundo disse, «quem esteve por detrás desta intenção [de encerramento] escondeu informação à população. Sentimo-nos enganados no meio de um processo onde não fomos vistos nem achados até porque fomos confrontados com uma alternativa sem o mínimo de qualidade», acrescentou.
Bruno Neto disse ainda que a suspensão do fecho dos correios em Tramagal «é uma pequena, mas saborosa, vitória» para as gentes daquela Freguesia, tendo afirmado que a mesma «deve dar alento a outras terras que também estão a ser negligenciadas pela gestão danosa da vida pública, do Estado e da cidadania plena».
Safara exige Correios
A população de Safara, acompanhada por eleitos da Junta de Freguesia e do presidente da Câmara de Moura, deslocaram-se, sexta-feira, a Lisboa para entregar ao ministro da Economia um abaixo-assinado contra o encerramento da Estação dos Correios daquela localidade. Recorde-se que o posto encerrou e os seus serviços passaram a ser prestados num balcão que está instalado numa papelaria daquela Freguesia.
Em declarações à comunicação social, José Maria Pós de Mina, presidente da autarquia CDU, afirmou que se trata de um serviço que deve ser mantido na esfera pública e que deve ser prestado por quem tem conhecimento e experiência como é o caso dos trabalhadores dos Correios.