Espaço Internacional

Encontro solidário e internacionalista

Pre­sente na Festa do Avante! desde a sua pri­meira edição, o Es­paço In­ter­na­ci­onal dis­tingue-se pela viva ex­pressão da luta dos tra­ba­lha­dores de todos os con­ti­nentes, e da so­li­da­ri­e­dade dos co­mu­nistas por­tu­gueses para com as ba­ta­lhas tra­vadas pelos povos contra o im­pe­ri­a­lismo e a ex­plo­ração, pelo pro­gresso e jus­tiça so­cial, pela so­be­rania e in­de­pen­dência, pelo so­ci­a­lismo.

«O Es­paço In­ter­na­ci­onal ex­pressa a ac­ti­vi­dade e pres­tígio do PCP»

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A crise ca­pi­ta­lista do­mina a ac­tu­a­li­dade pe­ne­trando em quase todas as es­feras da exis­tência hu­mana. O con­texto é o de um sis­tema que atingiu uma fase su­pe­rior de ama­du­re­ci­mento, o im­pe­ri­a­lismo, ca­rac­te­ri­zado pela in­ter­na­ci­o­na­li­zação sem pre­ce­dentes do ca­pital, par­ti­cu­lar­mente o fi­nan­ceiro.

En­voltos numa crise de so­bre­pro­dução, os três prin­ci­pais pólos ca­pi­ta­listas – UE, EUA e Japão – pro­curam trans­ferir para os tra­ba­lha­dores e os povos a fac­tura de uma si­tu­ação da qual estes são as prin­ci­pais ví­timas. Pre­tendem impor maior ex­plo­ração da força de tra­balho para manter e au­mentar as suas taxas de lucro, quer pelo roubo nos sa­lá­rios, quer pelo roubo nos di­reitos la­bo­rais. Exe­cutam po­lí­ticas que obrigam a uma maior com­par­ti­ci­pação dos tra­ba­lha­dores na sus­ten­tação do ca­pital fi­nan­ceiro através dos es­tados, e fazem-no pelo au­mento da carga fiscal e pela erosão de ga­ran­tias so­ciais con­quis­tadas em dé­cadas de luta. In­vadem e des­mem­bram na­ções para rou­barem os re­cursos dos povos, amas­sando for­tunas co­los­sais em cima do so­fri­mento de ge­ra­ções in­teiras. Re­de­se­nham o mapa do mundo de acordo com os seus in­te­resses mos­trando uma agres­si­vi­dade cres­cente desde o der­rube do so­ci­a­lismo na Eu­ropa de Leste.

A ten­ta­tiva de fazer pagar as dí­vidas so­be­ranas que os go­vernos dos países oci­den­tais acu­mu­laram para salvar a banca e ou­tros gi­gantes eco­nó­micos pri­vados; a ofen­siva an­ti­la­boral e an­ti­po­pular em curso, são acom­pa­nhadas pelo dis­curso das «ine­vi­ta­bi­li­dades», pro­fe­rido em vá­rias lín­guas com o mesmo con­teúdo.

As «re­ceitas» apre­sen­tadas pelos de­fen­sores do sis­tema já pro­varam ser in­ca­pazes de res­ponder às con­tra­di­ções do ca­pi­ta­lismo. Pelo con­trário, agravam todos os grandes fla­gelos e pro­blemas da hu­ma­ni­dade, mer­gu­lhando mi­lhões de seres hu­manos numa es­piral de mi­séria, opressão e guerra.

 

Par­tido pa­trió­tico e in­ter­na­ci­o­na­lista

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Os co­mu­nistas e os seus ali­ados nunca acei­tarão o dis­curso e a prá­tica das so­lu­ções únicas. Nunca se re­sig­narão! O ca­pital não tem as mãos li­vres para fazer triunfar a ex­plo­ração. Como jus­ta­mente in­dica o PCP, a par de graves pe­rigos que ame­açam a hu­ma­ni­dade e, in­clu­si­va­mente, a exis­tência de vida na Terra, sub­sistem grandes po­ten­ci­a­li­dades de trans­for­ma­ções so­ciais e re­vo­lu­ci­o­ná­rias.

Nos tempos di­fí­ceis que vi­vemos, a con­signa de um Par­tido si­mul­ta­ne­a­mente pa­trió­tico e in­ter­na­ci­o­na­lista as­sume par­ti­cular re­le­vância no plano da luta comum do pro­le­ta­riado mun­dial e de ou­tras ca­madas an­ti­mo­no­po­listas. Com 90 anos de his­tória li­gada à luta in­tran­si­gente pela li­ber­dade, a de­mo­cracia e o so­ci­a­lismo, o PCP é por­tador do pro­jecto de fu­turo.

Li­gado à classe ope­rária e aos tra­ba­lha­dores, im­ba­tível na uni­dade dos ex­plo­rados e opri­midos e fiel com­ba­tente das suas as­pi­ra­ções e an­seios, o PCP ocupa o papel de van­guarda na luta pela cons­trução do so­ci­a­lismo em Por­tugal, dando, assim, um con­tri­buto ines­ti­mável para a cons­trução de uma so­ci­e­dade sem ex­plo­ra­dores nem ex­plo­rados à es­cala mun­dial.

Existe al­ter­na­tiva e mi­lhões de seres hu­manos re­sistem e batem-se por ela todos os dias. O PCP es­ti­mula essa re­sis­tência, acom­panha e saúda os avanços, co­o­pera e em­penha o me­lhor da sua energia no re­forço do mo­vi­mento co­mu­nista in­ter­na­ci­onal e da frente anti-im­pe­ri­a­lista.

Essa luta vol­tará a marcar pre­sença no Es­paço In­ter­na­ci­onal da Festa do Avante!. Há 35 anos que no pri­meiro fim-de-se­mana de Se­tembro se en­con­tram no nosso País de­zenas de par­tidos co­mu­nistas e ope­rá­rios, or­ga­ni­za­ções pro­gres­sistas e de li­ber­tação na­ci­onal, sinal, também, do pres­tígio e in­tensa ac­ti­vi­dade in­ter­na­ci­onal do nosso Par­tido.

Este ano, já con­fir­maram a sua pre­sença na Festa do Avante! 48 or­ga­ni­za­ções pro­ve­ni­entes dos cinco con­ti­nentes, 28 das quais com pa­vi­lhões no Es­paço In­ter­na­ci­onal nos pró­ximos dias 2, 3 e 4 de Se­tembro. É uma opor­tu­ni­dade para trocar ex­pe­ri­ên­cias, es­cla­recer dú­vidas e ficar a par da res­pec­tiva acção e ori­en­tação po­lí­tica.

Os bares e res­tau­rantes ou as bancas de ar­te­sa­nato di­na­mi­zados pelos par­tidos e or­ga­ni­za­ções pre­sentes são um atrac­tivo su­ple­mentar, pois co­locam à dis­po­sição dos vi­si­tantes da Festa os pa­la­dares e os ob­jectos da cul­tura de cada um dos países.

Pre­sentes com stand’s pró­prios es­tarão, igual­mente, a As­so­ci­ação de Ami­zade Por­tugal-Cuba, a As­so­ci­ação Iúri Ga­garin e os ac­ti­vistas co­mu­nistas no Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração.

A ex­po­sição cen­tral de­di­cada à luta dos tra­ba­lha­dores e dos povos, a mú­sica e os de­bates no Palco So­li­da­ri­e­dade (ver caixas) per­mitem re­forçar o co­nhe­ci­mento e as ra­zões da luta dos povos, fruir in­tensos mo­mentos de con­vívio e lazer ao som de vá­rios grupos por­tu­gueses e es­tran­geiros, es­cla­recer dú­vidas e in­tervir, oferta ímpar no pa­no­rama po­lí­tico-cul­tural na­ci­onal, pro­vando, mais uma vez, através da Festa do Avante!, que este é um Par­tido de massas, que com elas par­tilha o me­lhor e dis­cute aber­ta­mente, e que com as massas pros­segue a luta pelo so­ci­a­lismo.

 

Ex­po­sição do Es­paço In­ter­na­ci­onal
Po­esia e fotos da luta

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Feita a partir da re­colha de po­emas e fo­to­gra­fias sobre o ine­vi­tável ca­minho da luta para que os tra­ba­lha­dores e os povos al­cancem a eman­ci­pação so­cial, a ex­po­sição do Es­paço In­ter­na­ci­onal da Festa do Avante pro­mete ficar na me­mória dos vi­si­tantes. O Elogio da Di­a­léc­tica, de Ber­tolt Brecht, é um dos textos que es­tarão pa­tentes:

 

«As coisas não con­ti­nu­arão a ser como são.

De­pois de fa­larem os do­mi­nantes, fa­larão os do­mi­nados.

Quem pois ousa dizer: nunca?

De quem de­pende que a opressão pros­siga? De nós.

De quem de­pende que ela acabe? De nós.

O que é es­ma­gado que se le­vante!

O que está per­dido, lute!

O que sabe ao que se chegou, que há aí que o re­tenha?

Porque os ven­cidos de hoje são os ven­ce­dores de amanhã.

E nunca será: ainda hoje.»

 

De­bater e ser so­li­dário

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De­bates no Palco So­li­da­ri­e­dade

 

Sexta-feira

19h30: Nos 90 anos do Par­tido Co­mu­nista da China – As grandes con­quistas e de­sa­fios da China

Sá­bado

14h30: Cuba – Avançar com a Re­vo­lução, pelo So­ci­a­lismo!

17h30: A agressão im­pe­ri­a­lista ao Mundo Árabe

Do­mingo

14h30: A questão ci­priota e os de­sa­fios po­lí­ticos em Chipre

 

De­bate no Au­di­tório do Es­paço Cen­tral

 

Sá­bado

15h00: Eu­ropa – Crise do Ca­pi­ta­lismo, luta e al­ter­na­tiva

 

Mo­mentos de so­li­da­ri­e­dade

 

Pa­les­tina, no es­paço de Se­túbal, às 20 horas de do­mingo

Colômbia, no es­paço do Porto, às 11h30 de do­mingo.

Ve­ne­zuela, no es­paço de Braga, no do­mingo às 14h30.

Par­tido Co­mu­nista da Boémia e Mo­rávia (Re­pú­blica Checa), às 14 horas de do­mingo no es­paço de Lisboa.

Peru, no es­paço de San­tarém, às 11h30 de do­mingo.

Sahara Oci­dental, no do­mingo às 14h30, no es­paço do Alen­tejo.



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Grande Gala de Ópera

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O au­tên­tico pa­tri­o­tismo é o que, à luz dos va­lores do hu­ma­nismo, uni­ver­sa­liza as qua­li­dades de uma Nação.

Im­buído deste es­pí­rito que a crise con­voca, o mega es­pec­tá­culo de aber­tura volta a trazer a ópera à Festa, de­pois do su­cesso al­can­çado em 2009. Mas desta vez a gala é, pela sua di­mensão assim como pelo seu con­teúdo ar­tís­tico, bem mais am­bi­ciosa.

O es­pec­tá­culo ofe­rece-nos ori­ginal com­bi­nação ente dois uni­versos: o da ópera e o da sin­fonia. Será por isso gala lí­rico-sin­fó­nica in­vulgar, desde logo pela sua rica di­ver­si­dade: tre­chos cé­le­bres do re­por­tório lí­rico reúnem-se com ou­tros des­co­nhe­cidos do não ini­ciado.

Como se isto não bas­tasse, o pro­grama in­clui ainda can­ções po­pu­lares e peças co­rais sin­fó­nicas que não são ópera.

Te­remos assim, uma ar­ti­cu­lação não só iné­dita em es­pec­tá­culos desta na­tu­reza como também de ele­vada exi­gência téc­nico-ar­tís­tica para os seus pro­ta­go­nistas (ma­estro, can­tores, or­questra, coro). Um es­ti­mu­lante de­safio que Avante! e Gi­násio Ópera (co-pro­du­tores do es­pec­tá­culo) qui­seram en­frentar.

 

João Maria de Freitas Branco

Compositores

JOSÉ VIANA DA MOTA (1868-1948) Português, nascido na ilha de São-Tomé, filho de pais portugueses, a verdade é que Viana da Mota possuía uma mentalidade pouco lusíada, fruto da sua educação e vivência até aos 32 anos na...

Maestros, Solistas e Coros

Kodo YamagishiMaestro Foi maestro assistente em montagens de óperas no Festival de Verão de losterneuburg (1997), no Festival Haydn de Eisenstadt (1998 e 1999) e no Opern Air em Gars am Kamp (2001 e 2002) (Áustria). Em 2000 foi director musical de L’Enfant et les...

Programa

José Viana da MotaSINFONIA “À PÁTRIA”1.º andamento Esta sinfonia é o resultado de um gesto criativo patriótico de alguém que esteve longo tempo afastado do seu torrão. Uma homenagem musical à pátria...

Somos todos construtores da Festa do Avante!

A pouco mais de uma se­mana da aber­tura das portas da Quinta da Ata­laia, os mi­li­tantes co­mu­nistas e muitos de­mo­cratas amigos do PCP em­pe­nham-se na cons­trução da maior ini­ci­a­tiva po­lí­tico-cul­tural na­ci­onal, ta­refa para a qual todos somos cha­mados a con­tri­buir.

Alves Redol e Manuel da Fonseca nasceram há 100 anos

Num ano em que a ex­po­sição po­lí­tica do Es­paço Cen­tral da Festa do Avante! é de­di­cada ao 90.º ani­ver­sário do Par­tido, Li­ber­dade, De­mo­cracia, So­ci­a­lismo: um Pro­jecto de Fu­turo, são evo­cados dois ex­po­entes da cul­tura na­ci­onal e que são, ao mesmo tempo, parte in­te­grante da his­tória do PCP – Alves Redol e Ma­nuel da Fon­seca, ambos nas­cidos há 100 anos.

Promover a Festa

Mais de 30 pessoas participaram, sábado, na Barragem de Montargil, num concurso de pesca desportiva, que teve como objectivo promover a Festa do Avante!. Esta iniciativa, organizada pela Comissão de Freguesia de Montargil do PCP, visou, de igual forma, valorizar a pesca...

Abrir caminhos para uma sociedade mais justa

In­ter­ro­gado sobre se «po­derá o mundo de hoje ser re­pro­du­zido pelo te­atro», Ber­tolt Brecht res­pondeu: «Uma coisa fica, porém, desde já, fora de dú­vida. Só po­de­remos des­crever o mundo ac­tual para o homem ac­tual na me­dida em que o des­cre­vemos como um mundo pas­sível de mo­di­fi­ca­ções». Apro­vei­tando este ra­ci­o­cínio, Ma­nuel Men­donça e Pedro Lago ex­pli­caram ao Avante! o que o vi­si­tante da Festa po­derá en­con­trar nos três dias do Avan­te­atro, es­paço que vai manter as artes de palco, já tra­di­ci­o­nais, com uma pro­gra­mação que in­clui te­atro, te­atro para a in­fância, dança, mú­sica e o ci­nema do­cu­men­tário.