As direcções do PCP e do BE encontraram-se na sexta-feira, dia 8, na Assembleia da República para trocarem opiniões e pontos de vista sobre a situação económica e social do País, menos de dois dias depois de ter sido conhecida a decisão do Governo de pedir a intervenção externa no País, por via do FMI e da UE. Na nota publicada no sítio do Partido na Internet, realça-se que a avaliação da situação feita nesse encontro «permitiu identificar aspectos onde há apreciações convergentes», o que não significa que não existam também «diferenças de opinião e até posicionamentos divergentes», naturais em partidos com percursos e projectos distintos. O facto de cada um dos partidos se apresentar às eleições de 5 de Junho com as suas propostas e projectos próprios não obsta, segundo o PCP, a que «convirjam, como tem acontecido, designadamente no plano parlamentar».

No encontro, o PCP reafirmou a sua convicção de que a actual situação do País impõe uma ruptura com a política de direita, uma política alternativa patriótica e de esquerda capaz de abrir caminho ao desenvolvimento económico, ao progresso social e à afirmação soberana do interesse nacional e um governo capaz de a concretizar.

As delegações foram encabeçadas por Jerónimo de Sousa, pelo PCP, e Francisco Louçã, pelo BE. Bernardino Soares e Jorge Pires, ambos da Comissão Política, completavam a delegação comunista.