Governo tem política antipatriótica
Na reunião recentemente realizada do Organismo de Coordenação da Emigração na Europa do PCP (OCEE), que contou com a presença de Rosa Rabiais, do Comité Central, esteve presente a lamentável situação em que se encontra o ensino do Português. No comunicado emitido no final da reunião lembra-se que se encontram «cerca de 1800 alunos de português sem aulas (400 na Alemanha, 600 na Suíça e 800 em França), apesar de o ano lectivo se ter iniciado em Setembro de 2010». Os comunistas recordam que a política seguida, de «liquidação da rede de ensino do português junto das comunidades, está a ter sérias consequências na «dificuldade em arranjar professores qualificados e disponíveis para leccionar em numerosas localidades e na quebra acentuada no interesse dos pais e dos alunos pela língua portuguesa em vários países».
Para isto muito contribui, lembra o PCP, a redução dos horários escolares, o aumento do número de alunos necessário para o funcionamento dos cursos, a fragilização da situação profissional dos professores, a redução dos seus vencimentos ou a tentativa de passar a responsabilidade do ensino do português para os governos estrangeiros, acabando com o ensino do português como língua materna. Trata-se de uma política «anticonstitucional e antipatriótica», afirmam os emigrantes comunistas.
Da reunião saiu ainda a crítica às medidas do Governo lesivas do funcionamento dos serviços consulares onde se verifica, há muitos anos, o «não provimento dos lugares vagos de funcionários», com reflexos negativos nos serviços prestados às comunidades. Exemplo disto foram as «graves lacunas e insuficiências» verificadas nos cadernos eleitorais.
Lembrada foi ainda a «situação particular dos trabalhadores da administração pública na Suíça que, para além do corte salarial imposto pelas medidas de austeridade do Governo PS/Sócrates, vêem ainda os seus salários reduzidos pelo efeito do câmbio desfavorável. Através dos seus deputados o PCP continuará a acompanhar esta situação, garantiu o OCEE.
A reunião debateu ainda o reforço do Partido e as comemorações do seu 90.º aniversário.