Não à externalização na CML
A externalização de serviços da Câmara Municipal de Lisboa através da concessão da rede de saneamento em baixa à EPAL; da criação de serviços municipalizados para a recolha de resíduos urbanos; da atribuição da gestão de todos os museus e galerias municipais à empresa municipal EGEAC, e da passagem da gestão de refeitórios e creches para os serviços sociais camarários são mais um passo no sentido da privatização de serviços municipais, que pode comprometer postos de trabalho. Por o considerarem, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) intervieram, dia 7, durante o tempo reservado ao público na reunião da Assembleia Municipal. À reunião acorreram muitos trabalhadores, que sobrelotaram o auditório, preocupados com o futuro dos seus empregos e das suas condições de trabalho. Considerando que destas mudanças deverá resultar a privatização de serviços, também com «consequências prejudiciais para o Município», os presidentes do STML e do STAL, Delfino Serras e Francisco Braz, repudiaram a externalização de serviços e lembraram que os trabalhadores estão mobilizados e tomarão as iniciativas que considerem convenientes à salvaguarda dos empregos, das condições de trabalho e dos serviços públicos da CML
No dia 6, na sessão pública camarária, o STML congratulou-se com as garantias dadas pela vereadora do PS, Maria João Mendes, que assumiu o compromisso de, até 31 de Dezembro, dar provimento aos pedidos de mobilidade intercarreiras recebidos pela Direcção Municipal de Recursos Humanos, durante 2009. O sindicato salientou, no entanto, que igual medida deve adoptar-se para os pedidos que foram efectuados este ano.