Pela primeira vez na história das greves gerais em Espanha, as duas centrais sindicais fizeram acordo prévio com o governo que estabeleceu serviços mínimos em todos os meios de transporte, durante a jornada nacional de protesto, realizada ontem, dia 29, no país.

Assim, independentemente da adesão maciça à greve que era esperada pelos sindicatos, o pacote de serviços mínimos assegurou o funcionamento de parte significativa dos transportes aéreos, ferroviários, fluviais e rodoviários, designadamente:

- Transporte ferroviário, 25 por cento da circulação suburbana (30% entre as 6 e 9 horas da manhã), 20 por cento na rede de alta velocidade;

- Transporte aéreo, dez por cento dos voos continentais internos, 50 por cento nas ligações entre o continente e as ilhas, 50 por cento entre ilhas, 20 por cento nas ligações europeias e 40 por cento dos restantes voos internacionais.

Na precedente greve geral de 2002, os serviços mínimos foram decretados dois dias antes pelo então governo de Aznar, sem o acordo dos sindicatos, limitando-se a impor a circulação de um navio em cada percurso fluvial e de um autocarro em cada trajecto rodoviário, modelo que foi mantido nestes meios de transporte.