O parlamento eslovaco chumbou o compromisso assumido pelo governo, em 2 de Maio, de garantir 816 milhões de euros como comparticipação no plano de «salvamento» da Grécia acordado pelos países da zona euro.

A decisão foi aprovada, dia 11, por uma surpreendente maioria de deputados. De facto, apenas dois parlamentares votaram a favor da ajuda. Dos restantes presentes, 69 opuseram-se e 13 abstiveram-se. Curiosa foi a atitude dos 62 deputados do partido Social-Democrata que preferiram abandonar a sala e não participar na votação.

O comissário dos Assuntos Económicos e Monetários, Olli Rehn, reagiu de imediato com desagrado à decisão do hemiciclo de Bratislava, notando que tal significa uma «ruptura com o compromisso assumido pela Eslováquia no eurogrupo para prover assistência financeira temporária e condicional à Grécia».

Na mesma semana, o instituto de estatística da Grécia anunciou uma queda do PIB de 1,5 por cento, entre Abril e Junho, consequência dos duríssimos cortes na despesa pública, impostos pela UE e pelo FMI, e que já se traduziram numa redução do défice público de 39,7 por cento.

Neste cenário depressivo, o desemprego disparou literalmente em Maio para 12 por cento da população activa, ou seja 602 185 desempregados oficialmente inscritos, contra 8,5 por cento um ano antes. A taxa de desemprego juvenil já atinge 32,5 por cento, quando há um ano se situava em 25 por cento.