Vagas
O Governo de José Sócrates tornou públicas as vagas no ensino superior previstas para o próximo ano lectivo e, sucintamente, a coisa apresenta as seguintes novidades: as vagas no ensino superior continuam a crescer, este próximo ano lectivo vai ter mais 2068 lugares disponíveis, sendo a maioria deles nas universidades (indo «a minoria» dos lugares para os politécnicos) e, finalmente, os cursos de Medicina mereceram um aumento de... três vagas.
Ou seja, as vagas em Medicina estão «congeladas». Faz todo o sentido: há falta de médicos, os que existem estão, às carradas, a meter os papéis para a reforma, pelo que o Governo de José Sócrates decidiu congelar as vagas de acesso aos cursos de Medicina nas universidades, no próximo ano lectivo.
Se o Governo PS queria mostrar como está empenhado em «defender o Serviço Nacional de Saúde», não podia exibir melhor performance: assim, o País fica a saber, na crueza dos factos, que o PS se está efectivamente «nas tintas» para o SNS. E para quem dele precisa, que é todo o povo português.
Gestões
Continuando no mesmo assunto das vagas no Ensino, foi também notícia que o Governo de José Sócrates está ainda a ponderar como há-de reduzir as vagas do Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública.
Porquê? Parece que a razão é de ordem prática: porque estes cursos permitem, a quem os conclua, que entre directamente nos serviços e organismos do Estado.
Como se vê, ao Governo de José Sócrates já não lhe chega reduzir drasticamente os actuais funcionários públicos, como já anunciou ir fazer: agora vai a montante e já quer impedir que as pessoas se especializem em áreas que são tão necessárias ao funcionamento da máquina do Estado, que até foi criado um regime especial de admissão directa na Função Pública a quem nelas se especialize.
Se não se puderem especializar, não podem entrar né?
É verdade que o Estado também deixa de ter estes gestores, tal como o Governo, a proceder assim, está ele próprio a reduzir as ofertas de emprego no País, mas que interessa isso?
O PSD de Passos Coelho é que quer «destruir o Estado social», segundo Sócrates...
Testes
Os principais bancos nacionais vão ser sujeitos a «testes de resistência», uma coisa inventada pelo capitalismo internacional para avaliar a «solidez» das instituições bancárias e, a partir dessas «avaliações» leoninas (pois, nelas, a «parte de leão» está sempre do lado de quem as ordena), serem determinadas as imposições, ditames ou «castigos» a aplicar aos governos, às economias e aos países onde, para e com quem esses bancos trabalham.
Acontece que, junto a esta operação dos «testes de resistência», veio também a informação de que os bancos portugueses a eles sujeitos constam da «lista» (negra, por certo) onde estão discriminados os bancos que «inspiram menos confiança aos mercados».
Portanto, ainda os «testes de resistência» não foram realizados e já se sabe que os bancos portugueses não têm «a confiança dos mercados».
E por que carga de água é que o povo português tem de ter confiança nesta gente, nestes «testes» e em quem no-los impinge?