Mais de 13 mil cidadãos subscrevem a petição entregue na passada semana no Parlamento sobre a realização da Cimeira da NATO em Novembro próximo no nosso País.

Esta iniciativa insere-se na Campanha iniciada em Janeiro sob o lema Paz sim! NATO não! visando, entre outros objectivos, denunciar o crescente envolvimento do nosso País naquela estrutura belicista.

Como sublinhou em declarações à Lusa Rui Namorado Rosa, presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), uma das 104 organizações envolvidas nesta Campanha, a realização da próxima cimeira da NATO em Portugal «representa mais uma forma de envolvimento do País naquela organização».

Para estes cidadãos, o objectivo da cimeira em Lisboa é a revisão do conceito estratégico no «sentido de alargar o campo de actuação geográfica, como já sucede nos Balcãs, no Afeganistão e no Paquistão, e os pretextos de intervenção».

No texto, que os signatários esperam ver apreciado pelos deputados ainda antes das férias, salientado é o facto de «o empenhamento» do Governo português na NATO colidir «com princípios fundamentais inscritos na Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas, de que Portugal é signatário.