Mais de quarenta comunistas de Santa Maria da Feira estiveram reunidos, no dia 8, na 7.ª assembleia daquela organização concelhia. Na assembleia, o PCP analisou a situação social do concelho e concluiu da necessidade de reforçar a sua estrutura e a ligação aos trabalhadores e às populações. 

O desemprego é um dos principais problemas de Santa Maria da Feira , que conta com 9 400 desempregados registados, o que representa um aumento de mais de 22 por cento em relação a Março do ano passado. Com o encerramento fraudulento da Rohde, lembram os comunistas, o desemprego aumentará para, pelo menos, 12 mil. Entretanto, o PCP voltou a acusar o Governo de ter sido conivente com este encerramento e o o sindicato por não ter pugnado pela manutenção dos postos de trabalho.

Também o agravamento dos problemas ambientais do concelho não passou despercebido aos comunistas, que debateram igualmente as consequências negativas da já anunciada introdução de portagens nas SCUT e, claro, das medidas previstas no PEC, nomeadamente os cortes no subsídio de desemprego e no rendimento social de inserção e o aumento dos impostos.

Os comunistas feirenses valorizaram a luta travada pelos trabalhadores e população do concelho – no buzinão contra as portagens, na participação massiva no 25 de Abril e no 1.º de Maio, na luta dos corticeiros... Na ocasião, deixou-se o apelo à participação na manifestação nacional de dia 29, em Lisboa.

A Comissão Concelhia eleita conta com 23 elementos, dos quais 11 a integram pela primeira vez. Isto resulta dos importantes e decisivos passos dados pela organização nos últimos anos, dando cumprimento às orientações gerais do Partido quanto ao reforço da sua organização e intervenção. Também a JCP se reforçou e intensificou a sua ligação à juventude feirense. Carlos Gonçalves, da Comissão Política, encerrou a assembleia.