O PCP quer ouvir na comissão parlamentar de Saúde o já indigitado novo presidente do Infarmed, Jorge Torgal. A proposta foi formalizada na passada semana em requerimento subscrito pelos deputados Bernardino Soares e Paula Santos, sendo justificada pela necessidade de o Parlamento não poder ficar alheio ao processo de substituição da equipa que dirige a Autoridade Nacional do Medicamento, organismo com uma importância vital na «condução da política do medicamento e para a defesa do interesse público».

A bancada comunista tem presente, nomeadamente, o facto de nos últimos anos terem ocorrido «vicissitudes» várias, como foi o caso da «avaliação dos medicamentos e suas comparticipações», o que suscita fundadas preocupações sobre a capacidade deste Instituto para «enfrentar os poderosos interesses económicos do sector».

Trata-se, por isso, como salientou o líder parlamentar comunista, de garantir que este organismo «continua a ser uma entidade reguladora com força para intervir» no sector farmacêutico e com «condições de independência».

Nesse sentido, importa aferir da «idoneidade e independência dos seus membros indigitados, das suas habilitações técnicas e científicas e percurso profissional na área do medicamento», sublinham os deputados do PCP, com vista a assegurar que o «Infarmedcontinua a ser uma entidade reguladora com força para intervir neste mercado tão importante e em que tantos interesses procuram capturar a acção do Estado e do regulador».