Devido à visita do Papa Bento XVI a Portugal, os profissionais da PSP, afectos ao Metropolitano de Lisboa e que estavam de folga, viram-se «prejudicados nos seus direitos» para garantir a segurança, durante a visita, pois tiveram de cumprir serviço em dia de descanso, revelou, anteontem, num comunicado, a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia. Não contestando a necessidade desta supressão das folgas, a ASPP/PSP salientou que aquele dia não foi compensado, pois aos profissionais da PSP foi imposta uma troca do dia de folga, «ficando prejudicados no dia descanso pelo trabalho anteriormente realizado e a que já tinham direito».

Ao Corpo de intervenção, situado junto ao Palácio de Belém, «não foi concedida a tolerância de ponto».

Salientando que «a PSP não pode ser comparada a outros sectores da Função Pública», a ASPP/PSP voltou a exigir a exclusão destes profissionais da Lei 12-A, relativa a vínculos, carreiras e remunerações na Função Pública, tendo apresentado uma petição, na Assembleia da República, com esse propósito.

Manifesta-se a PSP

Para preparar e mobilizar para uma manifestação de elementos da PSP, dia 27, em Lisboa, contra o que consideram serem situações relativas ao estatuto profissional dos polícias, que o Governo recusa negociar com a ASPP, a associação está a promover encontros regionais de esclarecimento junto destas forças de segurança. Os encontros servem também para definir estratégias para depois da data daquela manifestação. Em Lisboa, teve lugar um destes encontros, dia 10, na Casa da Juventude da Galiza. Um encontro semelhante está agendado para amanhã,  na sede regional da ASPP/PSP de Coimbra.

Os encontros servem para os profissionais definirem «estratégias de luta» e tomarem decisões sobre um estatuto que, tendo entrado em vigor a 1 de Janeiro e sendo «de difícil aplicabilidade», «acentuou injustiças e criou novas situações» que «aumentam a desmotivação e o sentimento de revolta dos profissionais da PSP», revelou a direcção nacional da associação, num comunicado de dia 10.