Vida complica-se na Suíça
A Organização do PCP na Suíça esteve reunida em assembleia no dia 2 de Maio, em Berna. Foram debatidas diversas questões relacionadas com a situação politica e social do país e da emigração e aprovou-se um plano de actividades. No comunicado emitido após a assembleia, os comunistas portugueses emigrantes na Suíça realçam que também naquele país a «situação social e laboral se apresenta difícil».
Para o PCP, complicou-se o acesso ao mercado de trabalho por parte dos emigrantes portugueses, concorrendo para isso factores como o aumento do desemprego, a insuficiência de postos de trabalho e a actividade das empresas de trabalho temporário, «responsáveis pelas dificuldades na integração dos portugueses nas empresas». Assim, «milhares de portugueses sofrem as consequências do desemprego» e da revisão da lei do seguro de invalidez, que «limita o acesso às pensões e exerce preocupantes pressões sobre quem sente a saúde a extinguir-se». A agravar tudo isto, sente-se um «deficiente, senão mesmo nulo, interesse dos consulados e da Embaixada de Portugal no acompanhamento e na intervenção junto das diversas instituições locais».
Segundo os comunistas emigrantes na Suíça é urgente a colocação, na Embaixada de Portugal em Berna, de um novo conselheiro social que substitua o que se reformou. Só assim será possível realizar o necessário acompanhamento do «actual acordo bilateral entre a Confederação Helvética e a União Europeia, relativo à livre circulação de pessoas, e as questões sociais por ele abrangidas».
Ao nível da organização partidária, ficou decidido alargar a intervenção do Partido junto da comunidade portuguesa e reactivar novos núcleos noutras regiões importantes da Suíça. Rosa Rabiais, do Comité Central, fez a intervenção de encerramento.