Reacções de Bruxelas ao PEC

Mais retrocesso social

As palavras de exaltação do PEC proferidas faz hoje oito dias em declaração política pelo deputado Eduardo Cabrita (PS) a propósito da sua aprovação pela Comissão Europeia, mereceram a crítica aberta do deputado comunista Honório Novo, que as considerou descabidas, como se pudessem traduzir uma qualquer boa nova «para o País, para os trabalhadores e para os que vivem do seu trabalho».
«Não é uma boa notícia nem para Portugal nem para os portugueses», sublinhou, porque é um programa que «quer impor o retrocesso económico e o retrocesso social».
Na sua intervenção, o parlamentar do PS referiu que a Comissão Europeia valorizara no PEC português «o reconhecimento do rigor, do realismo e adequação à realidade económica e financeira».
Um leitura em tudo oposta à de Honório Novo, para quem este é um programa que aponta para a estagnação económica, para o agravamento do desemprego, para o corte das prestações sociais, para o corte do investimento público, para o aumento da dependência externa do País».
Prosseguindo, reiterou a acusação de que o PEC «transforma o controlo orçamental num objectivo único da política económica e financeira», para concluir que «onde o PEC diz mata a Comissão Europeia vem dizer esfola».
Na véspera (dia 14), reagindo às dúvidas manifestadas por Bruxelas em relação ao PEC, já o deputado do PCP em declarações à Lusa afirmara serem elas um sinal visando «aprofundar tudo aquilo que já existe de mau» e susceptível de agravar «os factores de estagnação económica».
Para o PCP, ao invés do que defende o Governo, o programa de convergência e consolidação das contas públicas devia assentar na «promoção das condições económicas» e não na «obsessão pelo controlo do défice orçamental».


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