Acção internacional pelos direitos dos motoristas
A Festru/CGTP-IN integrou-se na acção internacional de 13 de Outubro, sob o tema «A fadiga mata», para exigir que sejam respeitados os direitos dos motoristas, particularmente no que diz respeito à carga horária elevada, imposta pela generalidade das empresas.
Juntamente com organizações congéneres de Espanha, a Federação dos Sindicatos dos Transportes Rodoviários e Urbanos levou a cabo uma iniciativa de esclarecimento e denúncia, na fronteira de Vilar Formoso e Fuentes de Oñoro.
Pouco depois das oito horas da manhã, de acordo com o relato da Agência Lusa, algumas dezenas de sindicalistas de ambos os países juntaram-se à entrada do parque TIR, do lado espanhol, obrigando a parar os camionistas em trânsito, em ambos os sentidos. O protesto, acompanhado por forte dispositivo da GNR e agentes da Guardia Civil, quer na estrada, quer no parque, decorreu sem incidentes, mas a marcha lenta de camiões TIR obrigou temporariamente ao desvio do trânsito pela fronteira principal.
A Festru distribuiu aos jornalistas cópias de documentos com que algumas empresas procuram que os motoristas iludam as autoridades. Mas os dirigentes da federação criticaram com particular ênfase a falta de fiscalização e intervenção por parte de entidades como a Direcção-Geral de Viação, a Direcção-Geral dos Transportes Terrestres, a Inspecção do Trabalho ou a Prevenção Rodoviária Portuguesa.
Segundo a estrutura sectorial da CGTP, muitas entidades empregadoras, com a ganância do lucro, recorrem a toda a espécie de artifícios para arrancar mais horas de trabalho, sem se preocuparem com a segurança rodoviária e colocando em perigo os próprios motoristas e outros utentes das estradas. Por este motivo, é exigida regulamentação adequada acerca dos tempos de condução e de descanso dos condutores profissionais, ao mesmo tempo que é denunciada a intenção do patronato de agravar ainda mais a actual situação. As condições precárias em que são contratados muitos profissionais foi apontada pela Festru como um dos problemas que estão na raiz dos abusos patronais e dos acidentes provocados por jornadas de trabalho esgotantes.
Ainda no final de Setembro, contestando a iniciativa «Camião Seguro» – um road-show que a associação patronal dos transportadores de mercadorias está a realizar durante três meses, com apoio das entidades públicas rodoviárias –, a federação acusou a maioria do patronato do sector de cometer «graves ilegalidades que põem em causa a segurança rodoviária, para além de, simultaneamente, lesarem interesses sérios do Estado». Como exemplos, foram referidas formas de pagamento – por quilómetro, viagem ou tonelagem transportada – que levam motoristas a trabalhar mais de 17 horas por dia, violando os tempos de descanso e condução e permitindo a fuga ao fisco e às contribuições para a Segurança Social.
Na acção de luta de dia 13, promovida a nível internacional, pelo sétimo ano, pela Federação Internacional dos Trabalhadores de Transportes, participaram mais de um milhão de profissionais, em 65 países de todos os continentes.
Juntamente com organizações congéneres de Espanha, a Federação dos Sindicatos dos Transportes Rodoviários e Urbanos levou a cabo uma iniciativa de esclarecimento e denúncia, na fronteira de Vilar Formoso e Fuentes de Oñoro.
Pouco depois das oito horas da manhã, de acordo com o relato da Agência Lusa, algumas dezenas de sindicalistas de ambos os países juntaram-se à entrada do parque TIR, do lado espanhol, obrigando a parar os camionistas em trânsito, em ambos os sentidos. O protesto, acompanhado por forte dispositivo da GNR e agentes da Guardia Civil, quer na estrada, quer no parque, decorreu sem incidentes, mas a marcha lenta de camiões TIR obrigou temporariamente ao desvio do trânsito pela fronteira principal.
A Festru distribuiu aos jornalistas cópias de documentos com que algumas empresas procuram que os motoristas iludam as autoridades. Mas os dirigentes da federação criticaram com particular ênfase a falta de fiscalização e intervenção por parte de entidades como a Direcção-Geral de Viação, a Direcção-Geral dos Transportes Terrestres, a Inspecção do Trabalho ou a Prevenção Rodoviária Portuguesa.
Segundo a estrutura sectorial da CGTP, muitas entidades empregadoras, com a ganância do lucro, recorrem a toda a espécie de artifícios para arrancar mais horas de trabalho, sem se preocuparem com a segurança rodoviária e colocando em perigo os próprios motoristas e outros utentes das estradas. Por este motivo, é exigida regulamentação adequada acerca dos tempos de condução e de descanso dos condutores profissionais, ao mesmo tempo que é denunciada a intenção do patronato de agravar ainda mais a actual situação. As condições precárias em que são contratados muitos profissionais foi apontada pela Festru como um dos problemas que estão na raiz dos abusos patronais e dos acidentes provocados por jornadas de trabalho esgotantes.
Ainda no final de Setembro, contestando a iniciativa «Camião Seguro» – um road-show que a associação patronal dos transportadores de mercadorias está a realizar durante três meses, com apoio das entidades públicas rodoviárias –, a federação acusou a maioria do patronato do sector de cometer «graves ilegalidades que põem em causa a segurança rodoviária, para além de, simultaneamente, lesarem interesses sérios do Estado». Como exemplos, foram referidas formas de pagamento – por quilómetro, viagem ou tonelagem transportada – que levam motoristas a trabalhar mais de 17 horas por dia, violando os tempos de descanso e condução e permitindo a fuga ao fisco e às contribuições para a Segurança Social.
Na acção de luta de dia 13, promovida a nível internacional, pelo sétimo ano, pela Federação Internacional dos Trabalhadores de Transportes, participaram mais de um milhão de profissionais, em 65 países de todos os continentes.