Tribunal volta a condenar Antonio Guerrero

Injustiça continua

Um tribunal de Miami ressentenciou, terça-feira, Antonio Guerrero, um dos cinco cubanos presos injustamente nos EUA, a 21 anos e 10 meses de cadeia e cinco anos de liberdade condicional. Detido há 11 anos em condições de extrema dureza numa prisão de alta segurança no Estado do Colorado e sujeito a inúmeras violações dos direitos humanos, Guerrero havia sido condenado a uma pena de prisão perpétua mais 10 anos de privação de liberdade por suposta conspiração terrorista. A pena agora aplicada alega que Guerrero tentou reunir informação relacionada com a segurança norte-americana.
A reapreciação do caso de Antonio Guerrero – assim como a reavaliação das sentenças aplicadas a Fernando González e Ramón Labañino, adiada igualmente terça-feira pela mesma juíza, Joan Lenard – teve como fundamento a violação da legislação norte-americana em vigor sobre a matéria, e a aceitação, por parte do 11.º Circuito do Tribunal de Apelação de Atlanta dos argumentos da defesa do antiterrorista cubano, que sustentou que Guerrero não reuniu ou transmitiu qualquer informação relacionada com a segurança dos EUA.
Neste contexto, a nova condenação de Antonio Guerrero significa a continuação da injustiça a que estão sujeitos os cinco patriotas cubanos que em território norte-americano procuravam impedir acções violentas terroristas de grupos, uma vez que substitui a condenação por «reunião de informações» por uma outra baseada na «tentativa de reunião de informações».
No fundamental, trata-se de processos políticos aos quais urge responder com a intensificação da solidariedade internacional, têm insistido os Comités de Solidariedade espalhados pelo mundo.


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