Irlandeses sob pressão

As oscilações nas sondagens sobre o referendo ao tratado de Lisboa e o número crescente indecisos está a provocar uma visível irritação em alguns políticos europeus, que elevam a voz com avisos e ameaças ao eleitorado irlandês.
No sábado, 19, o presidente da Comissão Europeia, de passagem pela Irlanda, declarou que se os irlandeses rejeitarem o texto no próximo dia 2 de Outubro, o país perderá o seu direito de designar automaticamente um comissário.
Com semelhante arrogância, o comissário irlandês do Mercado Interno, Charlie McCreevy, advertiu na véspera, 18, que uma nova rejeição do tratado provocaria «problemas económicos sérios» a Dublin.
E até mesmo o singular presidente do conselho de Itália, Silvio Berlusconi, veio propor um «núcleo de Estados» no caso de «o Não» vencer na Irlanda.
É claro que todas estas ameaças, para além de inadmissíveis ingerências no processo democrático irlandês, são ilegais e ilegítimas à luz dos tratados europeus vigentes. Mas isso pouco lhes importa…


Mais artigos de: Europa

De mal a pior

Os deputados do PCP votaram favoravelmente uma resolução aprovada, dia 17, pelo Parlamento Europeu sobre a crise no sector dos lacticínios, notando todavia que se trata «apenas de medidas pontuais, que não resolvem os problemas de fundo».

Rumo de direita

Os deputados do PCP no Parlamento Europeu votaram contra a proposta de reeleição de Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia, aprovada dia 17, com 282 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções.

Finlândia afunda-se da recessão

Apresentada durante anos como um modelo de sucesso económico, a Finlândia é hoje um dos países da União Europeia mais afectados pela crise económica.Os dados preliminares publicados, dia 8, pelo instituto de estatísticas indicam que a economia do país registou uma queda recorde do PIB de 9,4 por cento, no segundo...

Irlanda compra créditos à banca

O governo irlandês decidiu comprar os créditos imobiliários com risco de incumprimento dos maiores bancos do país, que se elevam a 77 mil milhões de euros.A transacção será garantida através de uma entidade governamental especialmente criada para o efeito, a National Asset Management Agency (NAMA), e prevê um desconto de...

Quem apoiou Barroso?

Com o voto favorável de 53 por cento dos deputados do parlamento europeu (sim, foi esta a dimensão da «retumbante» vitória, que lhe dá o reclamado «mandato reforçado»), Durão Barroso viu o seu nome ser aprovado pelo Parlamento Europeu para mais cinco anos à frente da Comissão Europeia.No rescaldo do debate e da eleição...