Arsenalistas estão hoje em greve

Depois de terem cumprido uma vigília de 24 horas, dia 10, diante do estaleiro, no Laranjeiro, pela manutenção dos postos de trabalho e dos direitos laborais e contra a privatização, os trabalhadores do Arsenal do Alfeite cumprem hoje mais um dia de greve, com concentração diante do Ministério da Defesa.
Pela manhã, os arsenalistas reúnem em plenário, diante da administração, no Alfeite, concentrando-se, pelas 14 horas, diante do Ministério da Defesa. Esta acção tem lugar depois de os trabalhadores se terem concentrado, segunda-feira, diante da administração e com os mesmo objectivos. Nesta concentração, os trabalhadores acusaram o ministro da Defesa de exercer «terrorismo social» sobre os arsenalistas.
«Consideramos que o Governo é o responsável por esta situação e tem que lhe dar uma solução que respeite os trabalhadores», afirmou ao Avante!, Rogério Caeiro, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa, da CGTP-IN.
Reunidos em plenário, no fim da vigília, os trabalhadores aprovaram uma resolução onde contestam a contra-proposta de acordo da administração relativa à cedência de interesse público do estaleiro, por esta ter ignorado, por completo, a proposta avançada pelas organizações representativas dos trabalhadores, que salvaguardava os direitos consagrados e repudiava a privatização.
Os trabalhadores exigem que prossiga a negociação das futuras condições de prestação de trabalho e reivindicam garantias de salvaguarda de direitos para todos os que transitem para a sociedade anónima.
Segundo o dirigente sindical, «a administração está a tentar aplicar a estes trabalhadores regras ainda piores do que as constantes no Regime do Contrato de Trabalho em Funções Públicas».
O novo RCTFP discrimina injustamente quem entre no quadro após a entrada em vigor da nova legislação, no início do ano, mas garante os direitos aos que já eram funcionários públicos. Ora, «é precisamente isso que a administração do Arsenal está a tentar impedir, além de também não garantir, até agora, que após a transição sejam assegurados os mesmo postos de trabalho», alertou Rogério Caeiro, lembrando que o Governo prevê concretizar a transição no fim de Setembro, tornando ainda mais necessário «o uso do voto dos trabalhadores como forma de luta para derrotar esta tentativa de destruição do Arsenal publico, ao serviço do povo e do País».


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