Merecem-se uns aos outros
Manuel Alegre voltou a falar. De entrevista em entrevista, o deputado poeta vai abrindo novas janelas quanto ao que ele considera ser a grande questão dos nossos dias, aquilo que tiraria o sono às amplas massas populares, ou seja a matéria em torno da qual estaria todo o País pendente, quase tombando de tanto se inclinar para ver melhor no que isto dá. Ou seja, qual será o futuro próximo de Alegre. O que fará face ao aproximar das eleições, particularmente das eleições legislativas.
Sim, porque para quem não esteja atento, Manuel Alegre, o mesmo que reivindicou para si nesta entrevista a responsabilidade do Governo não ter caído a meio do mandato, o mesmo que ao longo dos últimos quatro anos esteve sempre ao lado do PS nos momentos essenciais, tem vindo a questionar-se sobre se acompanhará o PS ou não nesse momento chave da vida nacional. Ou talvez, lá no seu íntimo, vem pensando se permite que o PS o acompanhe, a si e ao milhão de votos que angariou nas Presidenciais, e que não se cansa de agitar a propósito e a despropósito.
Neste percurso reflexivo, Alegre já disse de tudo. Que não seria candidato do PS; que se isso fosse possível, seria candidato independente, naturalmente contra o PS; que as iniciativas em que andou de braço dado com o BE deviam ir mais longe que isso e ir a votos.
Só lhe faltava dizer o que disse à entrevista da Antena 1. Que o PS teria que se decidir sobre se o queria nas listas ou não.
Augusto Santos Silva, o truculento ministro da Propaganda, que em momento anterior teve uma daquelas tiradas do tipo «quem está mal muda-se», meteu a viola no saco e lá veio muito mansinho dizer aquilo que toda a gente já sabia. «Que sim, que o PS conta com Manuel Alegre, que isso já é público e notório, e que contam com a sua opinião e contributo», e tal e coisa.
Eu próprio, e ainda que isso não sejam contas do meu rosário, já tinha pensado como fazer chegar uma missiva que esclarecesse Manuel Alegre sobre esta questão.
Mas daqui lhe reafirmo, porque está à vista de todos. Esteja descansado, que o PS quer o Manuel Alegre. Até porque Alegre não disse (porque não quis, nem lhe interessa dizer) para fazer o quê!
E Manuel Alegre quer o PS. Até porque sabe que o PS continuará a defender a política de direita, e ele pode continuar a brilhar na personagem de «Grilo Falante de Esquerda» da companhia!
Merecem-se uns aos outros!
Sim, porque para quem não esteja atento, Manuel Alegre, o mesmo que reivindicou para si nesta entrevista a responsabilidade do Governo não ter caído a meio do mandato, o mesmo que ao longo dos últimos quatro anos esteve sempre ao lado do PS nos momentos essenciais, tem vindo a questionar-se sobre se acompanhará o PS ou não nesse momento chave da vida nacional. Ou talvez, lá no seu íntimo, vem pensando se permite que o PS o acompanhe, a si e ao milhão de votos que angariou nas Presidenciais, e que não se cansa de agitar a propósito e a despropósito.
Neste percurso reflexivo, Alegre já disse de tudo. Que não seria candidato do PS; que se isso fosse possível, seria candidato independente, naturalmente contra o PS; que as iniciativas em que andou de braço dado com o BE deviam ir mais longe que isso e ir a votos.
Só lhe faltava dizer o que disse à entrevista da Antena 1. Que o PS teria que se decidir sobre se o queria nas listas ou não.
Augusto Santos Silva, o truculento ministro da Propaganda, que em momento anterior teve uma daquelas tiradas do tipo «quem está mal muda-se», meteu a viola no saco e lá veio muito mansinho dizer aquilo que toda a gente já sabia. «Que sim, que o PS conta com Manuel Alegre, que isso já é público e notório, e que contam com a sua opinião e contributo», e tal e coisa.
Eu próprio, e ainda que isso não sejam contas do meu rosário, já tinha pensado como fazer chegar uma missiva que esclarecesse Manuel Alegre sobre esta questão.
Mas daqui lhe reafirmo, porque está à vista de todos. Esteja descansado, que o PS quer o Manuel Alegre. Até porque Alegre não disse (porque não quis, nem lhe interessa dizer) para fazer o quê!
E Manuel Alegre quer o PS. Até porque sabe que o PS continuará a defender a política de direita, e ele pode continuar a brilhar na personagem de «Grilo Falante de Esquerda» da companhia!
Merecem-se uns aos outros!