Reforçar o Partido na luta e no voto
Jerónimo de Sousa sublinhou, sábado, no almoço-convívio de reabertura do CT de Belas do PCP, que o reforço da organização e da militância são essenciais para intervir mais e melhor junto dos trabalhadores e do povo, e afrontar as batalhas eleitorais deste ano.
Sempre ao lado dos poderosos, o PS faz a sua opção de classe
A jornada começou na Idanha pouco passava do meio-dia. No Largo 1.º de Maio, algumas dezenas de militantes e populares juntaram-se para receber calorosamente o secretário-geral do PCP e, entre bandeiras, flores, palavras de incentivo e duas modas entoadas a rigor pelo grupo coral «Os populares do Cacém», expressaram o orgulho em receber nesta hora difícil da vida portuguesa o dirigente do Partido que é diferente de todos os outros, que com uma só cara e palavras carregadas de razão está sempre junto dos explorados.
Minutos depois, frente ao Centro de Trabalho de Belas, novamente os rostos sorridentes e orgulhosos. A ocasião não era para menos. Ao cabo de duas décadas reabriam as portas da casa dos trabalhadores e do povo, acto de redobrado significado por ser Belas uma terra recheada de tradições e luta antifascistas. Ali ficavam pontos de apoio clandestinos do Partido e ali viveram os camaradas Álvaro Cunhal e Sérgio Vilarigues, o primeiro durante um período do combate contra a ditadura, e o segundo já depois do 25 de Abril.
Lá continua viva, firme e determinada uma célula comunista ligada à vida, interventiva, que faz das fraquezas forças e erguendo uma escada feita de madeira e ferro, estucando paredes, pintando-as e decorando-as sobriamente com os símbolos que nos regalam os olhos e recobram o ânimo, devolveu à funcionalidade as instalações recuperadas. «Com vontade, confiança e determinação, contando sobretudo com a militância de muitos camaradas, o PCP tem novamente a partir desta data um espaço de convívio, de debate e de preparação do trabalho já para este ano que se antevê de grande actividade política», lembrou, mais tarde, Fernando Grave, da Comissão de Freguesia.
«Na recuperação do CT foram gastas mais de 800 horas de trabalho árduo, cerca de 100 dias de labor, na sua grande maioria voluntário, militante, mostrando na prática a forma nobre e elevada como os comunistas encaram a acção política», disse ainda.
A concretização da tão ansiada recuperação do Centro de Trabalho de Belas do PCP prova igualmente a vitalidade do colectivo local, estimulado para enfrentar os desafios que se colocam ao Partido em 2009 – intervir numa freguesia onde o desemprego, os baixos salários e pensões de reforma são o pão nosso de cada dia; onde subsistem carências ao nível de infraestrutras e equipamentos básicos essenciais para a melhoria das condições de vida da população, como acessibilidades, transportes e uma rede viária condigna, um novo centro de saúde, uma escola do ensino secundário, uma esquadra de polícia, novos espaços verdes e a requalificação dos já existentes, lembrou Fernando Grave.
«Mais de três décadas de política de direita, 16 anos de gestão autárquica do PS e quase outros tantos de gestão do PSD/CDS, em nada ou em muito pouco contribuíram para o desenvolvimento da Freguesia», aduziu para lembrar que a CDU em Belas e no concelho de Sintra são a alternativa necessária e possível.
Um País mais injusto
«Foram a generosidade e abnegação dos militantes comunistas que tornaram possível voltar a desfraldar as bandeiras nacional e do Partido no CT de Belas», frisou Jerónimo de Sousa intervindo no encerramento do almoço-convívio realizado para assinalar a reabertura do CT.
São também estas característica ímpares que hoje permitem conjugar harmoniosamente o lema lançado no XVII Congresso, «Sim, é possível um PCP mais forte!», e a campanha que decorre afirmando que é igualmente possível uma vida melhor. E é por isso que na nossa forma de ser e de estar, no reforço e empenho da organização e da militância, reside a base mais sólida para enfrentar com sucesso a luta e a batalha eleitoral em três actos que se avizinha.
O sufrágio para o Parlamento Europeu é o primeiro desses combates, lembrou o secretário-geral do PCP, e é já nesse que temos de levar vincada «a concepção de uma acção e intervenção política ligada à situação real, à ofensiva que hoje se abate sobre os que menos têm e menos podem, particularmente sobre os trabalhadores» no contexto da «crise do capitalismo».
Quando o Governo se procura desresponsabilizar com a crise internacional, «importa perguntar que situação é que vivíamos antes da sua consolidação?», questionou Jerónimo de Sousa.
«Tínhamos já um país com dificuldades no plano económico, onde o desemprego atingia níveis insuportáveis, no qual o Governo desvalorizou salários pensões e reformas, atacou o SNS, a Segurança Social, privatizou o Ensino e encerrou escolas, declarou guerra aos professores e aos trabalhadores da Administração Pública no plano dos salários e dos direitos», disse. «Era já esta a situação do País e não o “bom caminho” que Sócrates anunciava», continuou, por isso «podemos dizer que com esta governação do PS, temos um país mais injusto, mais desigual, mais endividado e menos soberano».
Intervir com confiança
O défice foi o álibi para impor sacrifícios aos trabalhadores. Agora é a «crise internacional» que serve de justificação para o PS/Sócrates proteger os «negócios tipo Dona Branca», apoiar «a banca, as seguradoras e os grandes grupos económicos que durante anos tiveram lucros fabulosos», demonstrando, assim, «a sua opção de classe, sempre ao lado dos poderosos».
O Governo fica ainda marcado pelas alterações ao Código do Trabalho defraudando milhares de trabalhadores que confiaram o seu voto no PS, iludidos de que este cumpriria a promessa de rever a legislação. «O que ninguém esperava é que fosse para pior do que o PSD/CDS haviam feito» lembrou o secretário-geral comunista.
«O Governo pôs-se do lado do grande capital, por isso o nosso Partido põe-se ao lado dos trabalhadores e reafirma que o que vai ser decisivo nesta questão é a sua luta», a começar, desde logo, pela manifestação convocada pela CGTP-IN para 13 de Março, em Lisboa.
«Mesmo sabendo que o tempo está rijo, a confiança e a esperança estão presentes» e no plano da acção política e da intervenção, nas eleições, podemos reforçar a alternativa à política de direita reforçando «esta força que que nas horas boas e nas horas más está com o trabalhadores e o povo», concluiu.
Minutos depois, frente ao Centro de Trabalho de Belas, novamente os rostos sorridentes e orgulhosos. A ocasião não era para menos. Ao cabo de duas décadas reabriam as portas da casa dos trabalhadores e do povo, acto de redobrado significado por ser Belas uma terra recheada de tradições e luta antifascistas. Ali ficavam pontos de apoio clandestinos do Partido e ali viveram os camaradas Álvaro Cunhal e Sérgio Vilarigues, o primeiro durante um período do combate contra a ditadura, e o segundo já depois do 25 de Abril.
Lá continua viva, firme e determinada uma célula comunista ligada à vida, interventiva, que faz das fraquezas forças e erguendo uma escada feita de madeira e ferro, estucando paredes, pintando-as e decorando-as sobriamente com os símbolos que nos regalam os olhos e recobram o ânimo, devolveu à funcionalidade as instalações recuperadas. «Com vontade, confiança e determinação, contando sobretudo com a militância de muitos camaradas, o PCP tem novamente a partir desta data um espaço de convívio, de debate e de preparação do trabalho já para este ano que se antevê de grande actividade política», lembrou, mais tarde, Fernando Grave, da Comissão de Freguesia.
«Na recuperação do CT foram gastas mais de 800 horas de trabalho árduo, cerca de 100 dias de labor, na sua grande maioria voluntário, militante, mostrando na prática a forma nobre e elevada como os comunistas encaram a acção política», disse ainda.
A concretização da tão ansiada recuperação do Centro de Trabalho de Belas do PCP prova igualmente a vitalidade do colectivo local, estimulado para enfrentar os desafios que se colocam ao Partido em 2009 – intervir numa freguesia onde o desemprego, os baixos salários e pensões de reforma são o pão nosso de cada dia; onde subsistem carências ao nível de infraestrutras e equipamentos básicos essenciais para a melhoria das condições de vida da população, como acessibilidades, transportes e uma rede viária condigna, um novo centro de saúde, uma escola do ensino secundário, uma esquadra de polícia, novos espaços verdes e a requalificação dos já existentes, lembrou Fernando Grave.
«Mais de três décadas de política de direita, 16 anos de gestão autárquica do PS e quase outros tantos de gestão do PSD/CDS, em nada ou em muito pouco contribuíram para o desenvolvimento da Freguesia», aduziu para lembrar que a CDU em Belas e no concelho de Sintra são a alternativa necessária e possível.
Um País mais injusto
«Foram a generosidade e abnegação dos militantes comunistas que tornaram possível voltar a desfraldar as bandeiras nacional e do Partido no CT de Belas», frisou Jerónimo de Sousa intervindo no encerramento do almoço-convívio realizado para assinalar a reabertura do CT.
São também estas característica ímpares que hoje permitem conjugar harmoniosamente o lema lançado no XVII Congresso, «Sim, é possível um PCP mais forte!», e a campanha que decorre afirmando que é igualmente possível uma vida melhor. E é por isso que na nossa forma de ser e de estar, no reforço e empenho da organização e da militância, reside a base mais sólida para enfrentar com sucesso a luta e a batalha eleitoral em três actos que se avizinha.
O sufrágio para o Parlamento Europeu é o primeiro desses combates, lembrou o secretário-geral do PCP, e é já nesse que temos de levar vincada «a concepção de uma acção e intervenção política ligada à situação real, à ofensiva que hoje se abate sobre os que menos têm e menos podem, particularmente sobre os trabalhadores» no contexto da «crise do capitalismo».
Quando o Governo se procura desresponsabilizar com a crise internacional, «importa perguntar que situação é que vivíamos antes da sua consolidação?», questionou Jerónimo de Sousa.
«Tínhamos já um país com dificuldades no plano económico, onde o desemprego atingia níveis insuportáveis, no qual o Governo desvalorizou salários pensões e reformas, atacou o SNS, a Segurança Social, privatizou o Ensino e encerrou escolas, declarou guerra aos professores e aos trabalhadores da Administração Pública no plano dos salários e dos direitos», disse. «Era já esta a situação do País e não o “bom caminho” que Sócrates anunciava», continuou, por isso «podemos dizer que com esta governação do PS, temos um país mais injusto, mais desigual, mais endividado e menos soberano».
Intervir com confiança
O défice foi o álibi para impor sacrifícios aos trabalhadores. Agora é a «crise internacional» que serve de justificação para o PS/Sócrates proteger os «negócios tipo Dona Branca», apoiar «a banca, as seguradoras e os grandes grupos económicos que durante anos tiveram lucros fabulosos», demonstrando, assim, «a sua opção de classe, sempre ao lado dos poderosos».
O Governo fica ainda marcado pelas alterações ao Código do Trabalho defraudando milhares de trabalhadores que confiaram o seu voto no PS, iludidos de que este cumpriria a promessa de rever a legislação. «O que ninguém esperava é que fosse para pior do que o PSD/CDS haviam feito» lembrou o secretário-geral comunista.
«O Governo pôs-se do lado do grande capital, por isso o nosso Partido põe-se ao lado dos trabalhadores e reafirma que o que vai ser decisivo nesta questão é a sua luta», a começar, desde logo, pela manifestação convocada pela CGTP-IN para 13 de Março, em Lisboa.
«Mesmo sabendo que o tempo está rijo, a confiança e a esperança estão presentes» e no plano da acção política e da intervenção, nas eleições, podemos reforçar a alternativa à política de direita reforçando «esta força que que nas horas boas e nas horas más está com o trabalhadores e o povo», concluiu.