«Só com o anúncio da greve» de dia 26, a administração da Refer «viu-se obrigada a recuar», fazendo saber que, na reunião de negociação marcada para ontem, iria apresentar alterações à sua proposta de retirada de direitos no seguro de saúde. «Perante uma greve com forte adesão, ainda será obrigada a recuar mais», apela o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário. Em comunicado, emitido sexta-feira, o SNTSF/CGTP-IN afirma que a luta «está a merecer o apoio da esmagadora maioria dos trabalhadores», que assim rejeitam a tentativa de retirar um direito que resultou da negociação colectiva e que a Refer quer eliminar unilateralmente, desde o primeiro dia de 2009. O sindicato recusa que qualquer recuo da administração nesta matéria sirva para justificar uma menor actualização salarial. A par de aumentos reais dos salários, exige o fim da discriminação na atribuição de concessões em transporte e nos intervalos de descanso.
Dois dirigentes sindicais da Hotelaria foram agredidos sexta-feira, na estação de Campanhã, durante a greve nacional do pessoal dos bares dos comboios concessionados à Ser­vi­rail, quando pretendiam identificar trabalhadores temporários colocados a substituir grevistas. A luta, iniciada dia 12, com uma adesão de 85 por cento, destina-se a exigir melhores salários.
Os trabalhadores da Ma­nin­dús­tria, na Central de Sines da EDP, mandataram o SIESI/CGTP-IN para marcar greve nos dias 11 e 12 de Março, reclamando melhorias salariais que já deveriam vigorar desde Outubro.