O principal responsável
Desmontada no decurso do debate pela bancada do PCP foi a tese insistentemente propalada pelo Governo segundo a qual a culpa pelo que está a acontecer é exclusivamente devida a factores externos. «A culpa é da crise internacional, é do estado do tempo, é porventura dos partidos da oposição, é de tudo e de todos; só o Governo não tem culpa de nada», ironizou, a propósito, António Filipe, para quem «isto não é sério» e desacredita qualquer governo.
Ora a verdade é que o Governo PS tem responsabilidades em larguíssima escala por muito do que está a suceder, como atestam os principais indicadores económicos e sociais que, nos últimos anos, sofreram fortes reveses ou agravaram as injustiças e desigualdades, e isto mesmo «antes do rebentar da crise», como observou Bernardino Soares, munido de informação inquestionável:
O crescimento do PIB entre 2005 e 2008 foi de apenas metade do verificado nos países da zona euro.
O investimento público recuou fortemente nos últimos quatro anos, cifrando-se em termos nominais em cerca de 15%.
A dívida pública aumentou 25 mil milhões de euros desde 2004, ultrapassando já 65% do PIB (e isto antes do impacto das medidas recentes), enquanto o endividamento externo líquido do país aumentou mais de 30 por cento desde 2004, devendo estar a atingir 100% do PIB, o que faz de Portugal um dos países mais endividados do mundo.
Até ao final do terceiro trimestre de 2008, pouco mais de 32 mil postos de trabalho tinham sido criados, apesar de o Governo incluir descaradamente nas suas estatísticas mais 70 mil que correspondem a portugueses que trabalham no estrangeiro, designadamente em Espanha.
Aumentou drasticamente a precariedade, com um quarto dos trabalhadores contratados a prazo, para além do tempo parcial, do trabalho temporário dos falsos recibos verdes entre outras formas.
Ora a verdade é que o Governo PS tem responsabilidades em larguíssima escala por muito do que está a suceder, como atestam os principais indicadores económicos e sociais que, nos últimos anos, sofreram fortes reveses ou agravaram as injustiças e desigualdades, e isto mesmo «antes do rebentar da crise», como observou Bernardino Soares, munido de informação inquestionável:
O crescimento do PIB entre 2005 e 2008 foi de apenas metade do verificado nos países da zona euro.
O investimento público recuou fortemente nos últimos quatro anos, cifrando-se em termos nominais em cerca de 15%.
A dívida pública aumentou 25 mil milhões de euros desde 2004, ultrapassando já 65% do PIB (e isto antes do impacto das medidas recentes), enquanto o endividamento externo líquido do país aumentou mais de 30 por cento desde 2004, devendo estar a atingir 100% do PIB, o que faz de Portugal um dos países mais endividados do mundo.
Até ao final do terceiro trimestre de 2008, pouco mais de 32 mil postos de trabalho tinham sido criados, apesar de o Governo incluir descaradamente nas suas estatísticas mais 70 mil que correspondem a portugueses que trabalham no estrangeiro, designadamente em Espanha.
Aumentou drasticamente a precariedade, com um quarto dos trabalhadores contratados a prazo, para além do tempo parcial, do trabalho temporário dos falsos recibos verdes entre outras formas.