Mário Lino fora-da-Lei

A propósito da interpelação do grupo parlamentar do PCP ao ministro Mário Lino, no dia 20, em sede de Comissão Parlamentar de Transportes e Comunicações sobre a discriminação dos trabalhadores associados do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações nos CTT, o sindicato considerou, dia 22, que o ministro «ignorou um auto de notícia da Autoridade para as Condições de Trabalho, que condena a administração nomeada pelo próprio ministro, por violação da Lei e da Constituição da República».
O SNTCT/CGTP-IN já recorreu aos tribunais, e garante que continuará a agir na empresa, salientando que os seus associados «continuam a resistir e a defender o Acordo de Empresa dos CTT, e o fazem com a firme convicção de que isso é o melhor para o futuro da empresa».
Para o sindicato, o agendamento protestativo do PCP «foi clarificador sobre os conceitos de democracia e de respeito pela Lei, quer do Governo, quer do grupo parlamentar que o suporta», e também «da bondade da revisão do Código do Trabalho, aprovada no dia 21, na Assembleia das República, unicamente com os votos da maioria PS», ironizou o sindicato.
Ao afirmar que ficou também clara a conivência da administração dos CTT com os sindicatos da UGT, no processo de revisão do Acordo de Empresa, o sindicato da CGTP-IN considerou que o comportamento do ministro, durante aqueles trabalhos, é «um rico exemplo para empresários e patrões de cariz negreiro que por aí pululam», o SNTCT acusa Mário Lino de desrespeitar deliberadamente a Lei, e de permitir que gestores públicos, por ele nomeados, o façam.


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