Grupo Investar

Ameaças ensombram futuro

No Grupo Investar, detentor da marca Aerosoles, e responsável por cerca de cinco por cento das exportações portuguesas de calçado, a culminar um ano de incertezas e de conhecidas dificuldades financeiras, a administração anuncia uma «reestruturação» que implicitamente pressupõe despedimentos a iniciar neste mês de Janeiro. Esta posição foi vista como uma retaliação em resposta aos trabalhadores que reagiram de forma indignada à comunicação da empresa em meados de Dezembro de que não tinha condições financeiras para proceder ao pagamento do subsídio de Natal.
Com sede em Esmoriz, Ovar, o grupo emprega cerca de 1200 trabalhadores em várias unidades fabris, sendo apontado pelos círculos patronais e da governação como «exemplo de internacionalização empresarial», dado, pelos vistos, ter deslocalizado a sua produção para países terceiros como a Índia, China, Brasil ou Roménia.
Quem não vê a gestão da empresa como exemplo a seguir seja lá para o que for são os seus trabalhadores, que encaram o presente e o futuro com fundadas preocupações.
O que levou o deputado comunista Jorge Machado a indagar o Governo sobre o que pensa fazer relativamente ao grupo Investar (no seu capital social ocorreu em 2008 a entrada de dois fundos públicos de Capitais de Risco), nomeadamente quanto ao papel da Caixa Geral de Depósitos. É que, como refere na pergunta que sobre este caso dirigiu ao Executivo, estão em jogo muitos postos de trabalho num concelho já de si muito fustigado pelo desemprego e que ainda recentemente viveu outra catástrofe social na Yazaki Saltano.


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