O Natal não é igual para todos
Dezenas de militantes comunistas participaram, dia 17, em Lisboa, numa acção de rua do Partido que teve como objectivo denunciar a política injusta do Governo do PS.
O Natal é feito de dificuldades, para uns e de milhões, para outros
«O Governo promove dois natais radicalmente diferentes», denunciava o PCP no comunicado que era distribuído à população no percurso compreendido entre a Avenida Paiva Couceiro e a Praça do Chile. Um Natal «injusto e difícil para quem trabalha» e «farto, e com milhões, para o grande capital e o patronato».
De um lado, lembrava-se no folheto, há 2 milhões de portugueses no limiar da pobreza e 200 mil já passam fome. Do outro, 20 mil milhões de euros de garantias à banca, mais 5 mil milhões de euros para salvar os «prejuízos» dos bancos, «quando estes, em conjunto, tiveram lucros superiores a 1,6 mil milhões de euros».
Voltando ao «outro lado», o PCP recorda algumas «prendas» particularmente reveladoras: mais de 500 mil desempregados; 1 milhão e 200 mil trabalhadores com contratos precários e se direitos; mais de 320 mil trabalhadores obrigados a duplo emprego; mais de 230 mil jovens inscritos nos centros de emprego. Mas outros há para quem o Governo é mais generoso, quando apoia em especial as grandes fortunas, dando «centenas de milhões de euros ao Banco Privado Português». Mas também quando aprova um Código de Trabalho que facilita os despedimentos, legaliza a precariedade e legitima os «recibos verdes».
O Governo, acusa ainda o PCP, ao mesmo tempo que se verifica um aumento constante do custo de vida e dos preços dos bens essenciais promove uma «constante redução dos salários reais, pensões e reformas», provocando um crescente endividamento das famílias portuguesas. Mas a outros, o patronato e o grande capital, são-lhes entregues «empresas públicas que geram muita riqueza e deviam estar nas mãos do Estado».
No final da acção, Armindo Miranda, da Comissão Política, afirmou ser possível um Natal diferente em Portugal, confiando que «é possível uma vida melhor». O PCP, lembrou o dirigente comunista, já apresentou diversas propostas concretas neste sentido.
Entre estas, conta-se o aumento geral de salários e reformas; a revisão dos critérios para atribuição do subsídio de desemprego, a criação de impostos sobre os lucros especulativos e actividades bolsistas; o congelamento dos preços dos títulos de transporte, passes sociais e outros bens e serviços essenciais; a redução das taxas de juro à habitação; a definição de apoios concretos às micro, pequenas e médias empresas ou o incentivo e apoio à produção nacional.
Armindo Miranda apelou, em seguida, à luta, ao protesto e à intervenção de todos aqueles que querem uma ruptura com a política de direita como condição essencial para uma mais justa redistribuição da riqueza. Assim, garante, será possível uma vida melhor.
De um lado, lembrava-se no folheto, há 2 milhões de portugueses no limiar da pobreza e 200 mil já passam fome. Do outro, 20 mil milhões de euros de garantias à banca, mais 5 mil milhões de euros para salvar os «prejuízos» dos bancos, «quando estes, em conjunto, tiveram lucros superiores a 1,6 mil milhões de euros».
Voltando ao «outro lado», o PCP recorda algumas «prendas» particularmente reveladoras: mais de 500 mil desempregados; 1 milhão e 200 mil trabalhadores com contratos precários e se direitos; mais de 320 mil trabalhadores obrigados a duplo emprego; mais de 230 mil jovens inscritos nos centros de emprego. Mas outros há para quem o Governo é mais generoso, quando apoia em especial as grandes fortunas, dando «centenas de milhões de euros ao Banco Privado Português». Mas também quando aprova um Código de Trabalho que facilita os despedimentos, legaliza a precariedade e legitima os «recibos verdes».
O Governo, acusa ainda o PCP, ao mesmo tempo que se verifica um aumento constante do custo de vida e dos preços dos bens essenciais promove uma «constante redução dos salários reais, pensões e reformas», provocando um crescente endividamento das famílias portuguesas. Mas a outros, o patronato e o grande capital, são-lhes entregues «empresas públicas que geram muita riqueza e deviam estar nas mãos do Estado».
No final da acção, Armindo Miranda, da Comissão Política, afirmou ser possível um Natal diferente em Portugal, confiando que «é possível uma vida melhor». O PCP, lembrou o dirigente comunista, já apresentou diversas propostas concretas neste sentido.
Entre estas, conta-se o aumento geral de salários e reformas; a revisão dos critérios para atribuição do subsídio de desemprego, a criação de impostos sobre os lucros especulativos e actividades bolsistas; o congelamento dos preços dos títulos de transporte, passes sociais e outros bens e serviços essenciais; a redução das taxas de juro à habitação; a definição de apoios concretos às micro, pequenas e médias empresas ou o incentivo e apoio à produção nacional.
Armindo Miranda apelou, em seguida, à luta, ao protesto e à intervenção de todos aqueles que querem uma ruptura com a política de direita como condição essencial para uma mais justa redistribuição da riqueza. Assim, garante, será possível uma vida melhor.