Mistérios do Magalhães
Os portugueses andam cada vez mais intrigados com a misteriosa vida do Magalhães – o computador, não o outro – que o primeiro-ministro Sócrates arvorou numa espécie de «Gil» do seu Governo, novel embaixador de modernidades e sucessos tão mediatizado como a versão portuguesa do «Tim-tim» que foi a imagem de marca da Expo.
Tudo começou, tanto quanto se sabe, o que de resto é muito pouco, com essa coisa insólita de um chefe de governo vestir a pele de promotor de um produto da privadíssima empresa JP Sá Couto, dito o «primeiro computador português», cujo passou a fazer parte da bagagem do executivo em pequenas, médias e grandes deslocações, dentro e fora de portas, tão indispensável como a pasta de dentes e a gravata da praxe.
Seguiu-se – se assim se pode dizer, que no tocante ao Magalhães quase tudo o que parece não é – a distribuição em massa dos referidos computadores em cimeiras internacionais e escolas nacionais, com a garantia Sócrates de que não há melhor no mercado: que o digam os ministros, secretários de Estado, assessores e demais pessoal que não o dispensam nem usam outra coisa nos seus trabalhos.
Se ninguém percebeu a íntima ligação do Executivo à Sá Couto, também ninguém percebeu como é que um aparelho para uso escolar satisfaz as necessidades dos governantes. Poderia dizer-se que computorizam pouco, mas isso seria má língua. Preferimos pensar que se trata de mais um mistério do Magalhães.
Mas a coisa não se fica por aqui. A semana passada, após mais uma entrega mediática de computadores numa escola do 1.º ciclo, desta feita em Ponte de Lima, veio a saber-se que as crianças não puderam levar o «seu» computador para casa. Afirmaram uns que as máquinas ficaram retidas na escola para que os professores socializassem os alunos com elas; disseram outros que havia «questões administrativas a tratar». A verdade, que nem sempre é como o azeite, está ainda por vir à tona.
O que se sabe, de fonte segura, é que o Magalhães foi posto a render. Para quê e para quem nem chega a ser um mistério.
Tudo começou, tanto quanto se sabe, o que de resto é muito pouco, com essa coisa insólita de um chefe de governo vestir a pele de promotor de um produto da privadíssima empresa JP Sá Couto, dito o «primeiro computador português», cujo passou a fazer parte da bagagem do executivo em pequenas, médias e grandes deslocações, dentro e fora de portas, tão indispensável como a pasta de dentes e a gravata da praxe.
Seguiu-se – se assim se pode dizer, que no tocante ao Magalhães quase tudo o que parece não é – a distribuição em massa dos referidos computadores em cimeiras internacionais e escolas nacionais, com a garantia Sócrates de que não há melhor no mercado: que o digam os ministros, secretários de Estado, assessores e demais pessoal que não o dispensam nem usam outra coisa nos seus trabalhos.
Se ninguém percebeu a íntima ligação do Executivo à Sá Couto, também ninguém percebeu como é que um aparelho para uso escolar satisfaz as necessidades dos governantes. Poderia dizer-se que computorizam pouco, mas isso seria má língua. Preferimos pensar que se trata de mais um mistério do Magalhães.
Mas a coisa não se fica por aqui. A semana passada, após mais uma entrega mediática de computadores numa escola do 1.º ciclo, desta feita em Ponte de Lima, veio a saber-se que as crianças não puderam levar o «seu» computador para casa. Afirmaram uns que as máquinas ficaram retidas na escola para que os professores socializassem os alunos com elas; disseram outros que havia «questões administrativas a tratar». A verdade, que nem sempre é como o azeite, está ainda por vir à tona.
O que se sabe, de fonte segura, é que o Magalhães foi posto a render. Para quê e para quem nem chega a ser um mistério.