Afirmar os direitos das mulheres
Foi lançado no dia 30, em Lisboa, o mais recente livro das Edições Avante!, Encontro do PCP sobre os direitos das mulheres. O volume reúne os documentos aprovados e as intervenções realizadas no encontro que o Partido promoveu no dia 10 de Maio deste ano. Na apresentação da obra estiveram Manuel Gusmão, do Comité Central do PCP, Isabel Cruz, da Comissão do PCP para a luta e movimento das mulheres, Rui Mota, das Edições Avante!, e a jornalista Catarina Pires.
Manuel Gusmão, na sua intervenção, considerou o Encontro mais do que um ponto de chegada, um ponto de partida. O que não significa, esclareceu, que se tenha partido do zero. Pelo contrário, «enquanto momento de reflexão sobre a luta das mulheres pelos seus direitos ele é também um momento num processo de reflexão que vem detrás». E exemplificou com a conferência, de 1986, A emancipação da mulher no Portugal de Abril; o seminário A mulher na comunidade local: Raízes, Identidade, Aspirações. As estratégias necessárias, de 1991; As mulheres e o poder local. Contribuições para a reflexão e a acção, de 2003; ou a própria resolução política do XVII Congresso, realizado em 2004.
Este património de reflexão é também de «princípios e métodos de análise, um corpo de orientações gerado pelo movimento operário e comunista internacional», valorizou o membro do Comité Central. De onde sobressai o nome de Clara Zetkin, a quem as Edições Avante! dedicaram também uma obra, editada em 2007.
Catarina Pires começou por valorizar os avanços alcançados desde o 25 de Abril no que respeita à emancipação da mulher. Consagrados na Constituição da República que passou a garantir que «todos são iguais perante a lei, ponto final». No entanto, lembrou, «34 anos depois, apesar de todas as conquistas e de todos os avanços, os homens continuam a ganhar, em média, mais 25 por cento do que as mulheres, que continuam a ser as mais afectadas pelo desemprego e pelo trabalho precário, a ter as reformas mais baixas e a ser mais vulneráveis à pobreza».
E, citando Odete Santos, apontou um caminho: «Enquanto o tal discreto encanto da burguesia se atira pela igualdade contra os homens, nós estamos ao lado dos homens na luta contra o sistema capitalista, criador da desigualdade das mulheres.»
Rui Mota, em nome da editora, considerou existirem, no livro, «elementos riquíssimos que nos permitirão conhecer melhor a situação portuguesa e internacional». A sua edição permite alargar, para além dos 300 militantes que participaram no encontro, o conhecimento das posições e análise do PCP sobre estas questões. E deixou o desejo de que a sua publicação em vésperas do Congresso do Partido estimule a sua preparação e realização.
Manuel Gusmão, na sua intervenção, considerou o Encontro mais do que um ponto de chegada, um ponto de partida. O que não significa, esclareceu, que se tenha partido do zero. Pelo contrário, «enquanto momento de reflexão sobre a luta das mulheres pelos seus direitos ele é também um momento num processo de reflexão que vem detrás». E exemplificou com a conferência, de 1986, A emancipação da mulher no Portugal de Abril; o seminário A mulher na comunidade local: Raízes, Identidade, Aspirações. As estratégias necessárias, de 1991; As mulheres e o poder local. Contribuições para a reflexão e a acção, de 2003; ou a própria resolução política do XVII Congresso, realizado em 2004.
Este património de reflexão é também de «princípios e métodos de análise, um corpo de orientações gerado pelo movimento operário e comunista internacional», valorizou o membro do Comité Central. De onde sobressai o nome de Clara Zetkin, a quem as Edições Avante! dedicaram também uma obra, editada em 2007.
Catarina Pires começou por valorizar os avanços alcançados desde o 25 de Abril no que respeita à emancipação da mulher. Consagrados na Constituição da República que passou a garantir que «todos são iguais perante a lei, ponto final». No entanto, lembrou, «34 anos depois, apesar de todas as conquistas e de todos os avanços, os homens continuam a ganhar, em média, mais 25 por cento do que as mulheres, que continuam a ser as mais afectadas pelo desemprego e pelo trabalho precário, a ter as reformas mais baixas e a ser mais vulneráveis à pobreza».
E, citando Odete Santos, apontou um caminho: «Enquanto o tal discreto encanto da burguesia se atira pela igualdade contra os homens, nós estamos ao lado dos homens na luta contra o sistema capitalista, criador da desigualdade das mulheres.»
Rui Mota, em nome da editora, considerou existirem, no livro, «elementos riquíssimos que nos permitirão conhecer melhor a situação portuguesa e internacional». A sua edição permite alargar, para além dos 300 militantes que participaram no encontro, o conhecimento das posições e análise do PCP sobre estas questões. E deixou o desejo de que a sua publicação em vésperas do Congresso do Partido estimule a sua preparação e realização.