Pela liberdade
Mais de 25 mil pessoas manifestaram-se no sábado, 4, na cidade de Bilbau, repudiando a ofensiva repressiva dos governos espanhol e francês contra os independentistas bascos.
A esquerda basca acusa Madrid de coarctar liberdades
A manifestação, convocada duas semanas antes pelo movimento pró-aministia, foi encabeçada por várias figuras conhecidas, nomeadamente Josu Beaumont e Jagoba Terrones, que recentemente foram condenados pela Audiência Nacional pelo «crime» de militarem naquele movimento que defende a libertação dos presos políticos.
Ao seu lado estava ainda o presidente da Acção Nacionalista Basca, Kepa Bereziartua, formação política com mais de meio século de história e existência legal desde 1977, que foi proibida em meados de Setembro.
Na concentração realizada no final do desfile, vários oradores tomaram a palavra para denunciar a «cruzada contra aqueles que trabalham para construir o País Basco». Anjel Alcalde afirmou que, em consequência da vaga de ilegalizações, um amplo sector da sociedade basca já não pode participar nas eleições: «para estes não há liberdade de expressão, de reunião e opinião».
Lembrando o encerramento de dois jornais e uma estação de rádio, bem como a detenção de jornalistas, Alcalde considerou que no País Basco «não há democracia. A que há chama "terrorista” àquele que trabalha pela democracia e “democrata” ao torturador».
Contudo, como recordou outro orador, Lander Etxebarria, o povo basco conheceu no passado vários períodos de repressão: «Desde o franquismo mais obscuro até à guerra suja, o plano ZEN [Plano Zona Especial Norte aprovado por Madrid em 1983 que incluía acções dos esquadrões da morte como os GAL], a dispersão ou a introdução de heroína para aniquilar a juventude basca durante os anos 80».
Neste sentido, reconhecendo que virão tempos difíceis, com mais sofrimento, Etxebarria considerou que o sentimento de dignidade do povo basco, sobre o qual assenta o projecto de luta da esquerda independentista, conseguirá travar a repressão e desbravar o caminho para a liberdade do País Basco.
Ao seu lado estava ainda o presidente da Acção Nacionalista Basca, Kepa Bereziartua, formação política com mais de meio século de história e existência legal desde 1977, que foi proibida em meados de Setembro.
Na concentração realizada no final do desfile, vários oradores tomaram a palavra para denunciar a «cruzada contra aqueles que trabalham para construir o País Basco». Anjel Alcalde afirmou que, em consequência da vaga de ilegalizações, um amplo sector da sociedade basca já não pode participar nas eleições: «para estes não há liberdade de expressão, de reunião e opinião».
Lembrando o encerramento de dois jornais e uma estação de rádio, bem como a detenção de jornalistas, Alcalde considerou que no País Basco «não há democracia. A que há chama "terrorista” àquele que trabalha pela democracia e “democrata” ao torturador».
Contudo, como recordou outro orador, Lander Etxebarria, o povo basco conheceu no passado vários períodos de repressão: «Desde o franquismo mais obscuro até à guerra suja, o plano ZEN [Plano Zona Especial Norte aprovado por Madrid em 1983 que incluía acções dos esquadrões da morte como os GAL], a dispersão ou a introdução de heroína para aniquilar a juventude basca durante os anos 80».
Neste sentido, reconhecendo que virão tempos difíceis, com mais sofrimento, Etxebarria considerou que o sentimento de dignidade do povo basco, sobre o qual assenta o projecto de luta da esquerda independentista, conseguirá travar a repressão e desbravar o caminho para a liberdade do País Basco.