Governo arruína saúde

O Governo já demonstrou, ao longo destes três anos, que a saúde dos portugueses não é uma prioridade. Na Azambuja, por exemplo, o Executivo PS encerrou, nos últimos tempos, as urgências e não destaca mais médicos de forma a preencher o quadro de médicos do concelho. «Em Aveiras de Cima a Extensão do Centro de Saúde ficou sem os seus três médicos de família durante o mês de Agosto», denunciam, em nota de imprensa, os comunistas, lembrando que os utentes «tiveram que se deslocar a Azambuja, às Urgências do Centro de Saúde, para obter uma simples receita de medicamentos».
Desta forma, continuam, «os utentes foram penalizados nos transportes públicos, morosos e caros, na taxa moderadora “urgente”, no tempo de espera (horas) da consulta, no Centro de Saúde já deficitário em número de médicos».
«Terá esta atitude, do Governo PS, como finalidade desviar os utentes para a medicina privada?», interrogam-se os comunistas.
No Entroncamento, a situação não é melhor. Neste sentido, a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo recolheu, cerca de quatro mil assinaturas, a entregar no Ministério da Saúde, para reclamar melhores instalações e mais médicos para o centro de saúde da cidade.
Em conferência de imprensa, realizada na passada semana, Manuel José Soares, porta-voz da comissão, lembrou que as actuais instalações do centro de saúde, inauguradas em 1990 para um universo de 14 mil utentes, servem actualmente mais de 20 mil pessoas, num concelho em crescimento.

Reivindicação popular

Em Ermesinde foi, este mês, inaugurado o novo Centro de Saúde, uma reivindicação popular já com largos anos. No entanto, importa colocar algumas questões, nomeadamente a localização escolhida que tem sido criticada pelos utentes, por se situar nos limites da freguesia, abandonando assim o centro da cidade, onde as anteriores instalações funcionavam.
«Sabendo-se as dificuldades que existem para actualmente conseguir terrenos bem localizados (a alienação de terrenos públicos e a voragem do imobiliário deixam pouca margem de manobra...), deveria ter-se tido em conta as dificuldades que a nova localização colocará a um grande número de utentes, obrigados agora a uma deslocação de monta para muitos, sobretudo para os mais idosos, habitualmente os mais assíduos utilizadores deste tipo de serviço», alerta a CDU de Valongo.
Quanto às anteriores instalações, o plano é proceder à realização de obras, para manutenção no local do serviço de urgências e atendimento permanente. A proposta da CDU era, aqui, claramente mais vantajosa para a população.
«As obras deveriam ser feitas, mas a unidade de saúde deveria continuar a funcionar com todas as suas valências, distribuindo-se os utentes pelas duas extensões da cidade. Apenas desta forma se poderia avançar sustentadamente para a resolução dos problemas de cobertura de rede, que, com a organização actual dos cuidados de saúde locais, continuará adiada», criticam os eleitos do PCP.
Os comunistas defendem ainda a modernização do Centro de Saúde de Alfena, «devendo a população daquela freguesia estar atenta a eventuais intentos de fecho da dita unidade de saúde, em resultado de um aproveitamento da localização do novo Centro de Saúde de Ermesinde», alertam.


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