Direita branqueia fascismo

O presidente do município de Roma publicou, dia 7, um artigo no diário Corriere della Será, em que afirmava que não considera e jamais considerou «o fascismo como um mal absoluto. O fascismo foi um fenómeno mais complexo (…) Muitas pessoas aderiram ao fascismo de boa-fé».
No dia seguinte, o ministro da Defesa, Ignazio La Russa, membro da ultradireitista Aliança Nacional, lançou nova acha na fogueira, prestando homenagem pública aos soldados fiéis a Mussolini que combateram os aliados ao lado das tropas nazis. Para La Russa, estes soldados «também combateram com a convicção de que estavam a defender o seu país» e portanto também merecem ser lembrados a par dos que deram as suas vidas para libertar o país do jugo de Mussolini.
Denunciando as persistentes tentativas de «reabilitar» o ditador italiano, sobre o qual Silvio Berlusconi já havia declarado em 2003 que «Mussolini nunca matou ninguém», o líder do Partido Democrata, Walter Veltroni, decidiu demitir-se do conselho de administração do futuro Museu da Shoah, em sinal de protesto contra as tentativas de reescrever a história do holocausto e branquear o nazifascismo..


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