Os sofismas do Pontal
A festa PSD do Pontal, anos a fio, juntou a «populaça» e as «tias e boys» para pôr a andar, pela via da política espectáculo, as linhas de intervenção, politiquices e perversidades da respectiva liderança para os meses seguintes. Foi assim com Cavaco e o tabu, Durão e a fuga para Bruxelas, Santana e as conspirações, Mendes e os acordos com o PS da sua morte (política) anunciada, etc.. E foi assim em cada passo da recuperação do domínio do poder económico, nas revisões constitucionais, nos pactos de regime, no bloco central, formal ou inorgânico, que tem dado expressão à política de direita PS-PSD, com ou sem CDS/PP.
Este ano, o Pontal e a ausência de M.F.Leite foram tratados nos media dominantes como uma ruptura neste percurso, mas a este respeito são vários os sofismas a merecer atenção.
Primeiro sofisma – chegou ao fim a «política populista», «da sardinha assada» e «palmada nas costas», agora é só «substância». Bem se percebe o preconceito elitista e a dificuldade do PSD na mobilização de clientelas. E o desagrado do PSD (e do PS) com a presença das massas na política. Para eles, cada vez mais - massas q.b. e de figurantes pagos e coreografados.
Segundo sofisma – M.F.Leite optou pela «táctica do silêncio», para «depois se fazer ouvir» porque o «país está cansado de sound bytes». Há, é claro, equilíbrios a gerir, mas, salvo os incontinentes, fala-se quando há algo a dizer, e a Presidente do PSD falou quando teve assunto, mesmo coxo – casos das obras públicas e do estatuto dos Açores. A questão é que o PSD pouco mais teria a dizer, salvo apoiar as políticas do PS. Por isso inventa discordâncias menores e fica á espera que, uma vez mais, o rotativismo lhe deixe, um destes dias, o poder no regaço, para continuar esta política.
Terceiro sofisma – M.F.Leite é uma «política diferente», «recusa o populismo» é pela «credibilidade e rigor», por isso não esteve no Pontal. Cada um é como cada qual. Mas aqui do que se trata é tão só de marketing político – esta é a imagem que os especialistas, neste caso «made in USA», resolveram ser a mais adequada ao PSD e a M.F.Leite, face a tanto despudor, falsas promessas (e sofismas) do governo PS.
Fica assim demonstrado que, também em matéria de sofismas, não abundam as diferenças entre o PSD/M.F.Leite e o PS/Sócrates.
Este ano, o Pontal e a ausência de M.F.Leite foram tratados nos media dominantes como uma ruptura neste percurso, mas a este respeito são vários os sofismas a merecer atenção.
Primeiro sofisma – chegou ao fim a «política populista», «da sardinha assada» e «palmada nas costas», agora é só «substância». Bem se percebe o preconceito elitista e a dificuldade do PSD na mobilização de clientelas. E o desagrado do PSD (e do PS) com a presença das massas na política. Para eles, cada vez mais - massas q.b. e de figurantes pagos e coreografados.
Segundo sofisma – M.F.Leite optou pela «táctica do silêncio», para «depois se fazer ouvir» porque o «país está cansado de sound bytes». Há, é claro, equilíbrios a gerir, mas, salvo os incontinentes, fala-se quando há algo a dizer, e a Presidente do PSD falou quando teve assunto, mesmo coxo – casos das obras públicas e do estatuto dos Açores. A questão é que o PSD pouco mais teria a dizer, salvo apoiar as políticas do PS. Por isso inventa discordâncias menores e fica á espera que, uma vez mais, o rotativismo lhe deixe, um destes dias, o poder no regaço, para continuar esta política.
Terceiro sofisma – M.F.Leite é uma «política diferente», «recusa o populismo» é pela «credibilidade e rigor», por isso não esteve no Pontal. Cada um é como cada qual. Mas aqui do que se trata é tão só de marketing político – esta é a imagem que os especialistas, neste caso «made in USA», resolveram ser a mais adequada ao PSD e a M.F.Leite, face a tanto despudor, falsas promessas (e sofismas) do governo PS.
Fica assim demonstrado que, também em matéria de sofismas, não abundam as diferenças entre o PSD/M.F.Leite e o PS/Sócrates.