Conflito ameaça alastrar-se no Líbano
As diferenças sociais e políticas no Líbano parecem difíceis de ultrapassar, dispondo em dois campos distintos os sustentados pela UE e pelos EUA, e a oposição alargada, heterogénea, onde se incluem partidos de raiz confessional, como o Hezbollah ou o Amal, e formações políticas com marcado carácter de classe, como o Partido Comunista Libanês.
Durante o passado fim-de-semana, a Norte de Tripolí, grupos que apoiam o governo envolveram-se em combates com partidários da oposição. A intervenção do exército libanês ainda foi capaz de serenar momentaneamente os ânimos na região, mas a acalmia durou pouco mais que escassas horas.
A tensão tende a generalizar-se no país, sobretudo se se considerar o arrastamento do impasse político em torno da formação do governo de unidade nacional, acordado em Doha. O entendimento estipulava que a maioria pró-ocidental ficaria com 16 ministros, ao passo que à oposição se destinavam 11 cargos governamentais, e ao presidente da República outros três.
O memorando de entendimento de Doha tem vindo a perder acuidade desde que, em Maio passado, as forças conservadoras que sustentam o governo de Fouad Siniora tentaram, de uma só penada, substituir o chefe da segurança do aeroporto de Beirute, o general Wafiq Shoucair, tido como próximo do Hezbollah e do Amal, e destruir a rede de comunicações do Hezbollah, estrutura fundamental na resistência e vitória sobre a criminosa campanha israelita de 2006.
O Hezbollah e os demais aliados de oposição responderam com fortes movimentações de massas, greves e reposicionamento militar, garantindo o controlo de zonas estratégicas do Líbano.
O golpe reaccionário foi derrotado, mas contra os patriotas foi lançada uma campanha mediática agressiva, a qual, pelos acontecimentos dos últimos dias e pelos confrontos decorridos durante a segunda semana de Junho no Vale de Beeka, junto à fronteira com a Síria, parece ter sido conduzida como provocação de uma nova guerra civil.
Neste xadrez, podem ainda entrar as centenas de milhares de refugiados palestinianos em território libanês. No mesmo dia em que prosseguiam os combates de Tripolí, nos arredores de Sidón, explodia uma bomba junto a um campo de refugiados que alberga entre 70 a 80 mil pessoas.
Durante o passado fim-de-semana, a Norte de Tripolí, grupos que apoiam o governo envolveram-se em combates com partidários da oposição. A intervenção do exército libanês ainda foi capaz de serenar momentaneamente os ânimos na região, mas a acalmia durou pouco mais que escassas horas.
A tensão tende a generalizar-se no país, sobretudo se se considerar o arrastamento do impasse político em torno da formação do governo de unidade nacional, acordado em Doha. O entendimento estipulava que a maioria pró-ocidental ficaria com 16 ministros, ao passo que à oposição se destinavam 11 cargos governamentais, e ao presidente da República outros três.
O memorando de entendimento de Doha tem vindo a perder acuidade desde que, em Maio passado, as forças conservadoras que sustentam o governo de Fouad Siniora tentaram, de uma só penada, substituir o chefe da segurança do aeroporto de Beirute, o general Wafiq Shoucair, tido como próximo do Hezbollah e do Amal, e destruir a rede de comunicações do Hezbollah, estrutura fundamental na resistência e vitória sobre a criminosa campanha israelita de 2006.
O Hezbollah e os demais aliados de oposição responderam com fortes movimentações de massas, greves e reposicionamento militar, garantindo o controlo de zonas estratégicas do Líbano.
O golpe reaccionário foi derrotado, mas contra os patriotas foi lançada uma campanha mediática agressiva, a qual, pelos acontecimentos dos últimos dias e pelos confrontos decorridos durante a segunda semana de Junho no Vale de Beeka, junto à fronteira com a Síria, parece ter sido conduzida como provocação de uma nova guerra civil.
Neste xadrez, podem ainda entrar as centenas de milhares de refugiados palestinianos em território libanês. No mesmo dia em que prosseguiam os combates de Tripolí, nos arredores de Sidón, explodia uma bomba junto a um campo de refugiados que alberga entre 70 a 80 mil pessoas.