Porto debate actualidade do Manifesto
A actualidade do Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels, esteve em debate no dia 6 no Centro de Trabalho da Boavista, no Porto.
Já está em curso a preparação do XVIII Congresso do Partido
A iniciativa integrava-se na preparação do XVII Congresso do PCP e as intervenções de abertura do debate estiveram a cargo de Francisco Melo, do Comité Central e responsável pelas Edições Avante!, e do professor universitário António Avelãs Nunes.
Francisco Melo revelou os traços do Manifesto que continuam a caracterizar a acção actual dos comunistas: a consciência de que as soluções para as contradições insanáveis entre capital e trabalho não nascem da cabeça dos teóricos mas da análise da luta real, feita a partir da posição dos trabalhadores, cuja sobrevivência só o seu trabalho garante; a necessidade para estes de passarem da sua situação objectiva à compreensão desta; a importância de garantir a acção política autónoma de classe; a necessidade de formular o projecto de poder político que garanta a libertação da exploração dos proletários e, no mesmo movimento, de todas as classes e grupos sociais que objectivamente contribuem para a criação da riqueza social.
António Avelãs Nunes centrou a sua intervenção na análise das condições em que, pela acção consciente baseada na análise científica, inaugurada por Marx e Engels, das contradições entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações de produção, se passa do reino da necessidade para o reino da liberdade.
O professor universitário salientou ainda como, nas condições actuais de globalização capitalista financeirizada, a produção em massa entra em contradição com a crescente impossibilidade do consumo da maioria dos produtores e dos grupos que os coadjuvam e de como a grande burguesia capitalista, na sua incessante busca de fontes de rendimento, está hoje tentada a reduzir o Estado ao seu cerne de aparelho de dominação, «pregando» a eliminação de todas as suas funções sociais.
No debate que se seguiu às intervenções iniciais, surgiram questões relacionadas com a definição actual de «classe operária» e com as consequências da financeirização da economia mundial. Surgiram ainda opiniões acerca das condições para uma superação «positiva» das contradições em que o capitalismo mergulhou a sociedade, no mundo e no País.
No mesmo dia, foi inaugurada a exposição evocativa dos 160 anos da publicação desta obra fundamental do movimento comunista.
Francisco Melo revelou os traços do Manifesto que continuam a caracterizar a acção actual dos comunistas: a consciência de que as soluções para as contradições insanáveis entre capital e trabalho não nascem da cabeça dos teóricos mas da análise da luta real, feita a partir da posição dos trabalhadores, cuja sobrevivência só o seu trabalho garante; a necessidade para estes de passarem da sua situação objectiva à compreensão desta; a importância de garantir a acção política autónoma de classe; a necessidade de formular o projecto de poder político que garanta a libertação da exploração dos proletários e, no mesmo movimento, de todas as classes e grupos sociais que objectivamente contribuem para a criação da riqueza social.
António Avelãs Nunes centrou a sua intervenção na análise das condições em que, pela acção consciente baseada na análise científica, inaugurada por Marx e Engels, das contradições entre o desenvolvimento das forças produtivas e as relações de produção, se passa do reino da necessidade para o reino da liberdade.
O professor universitário salientou ainda como, nas condições actuais de globalização capitalista financeirizada, a produção em massa entra em contradição com a crescente impossibilidade do consumo da maioria dos produtores e dos grupos que os coadjuvam e de como a grande burguesia capitalista, na sua incessante busca de fontes de rendimento, está hoje tentada a reduzir o Estado ao seu cerne de aparelho de dominação, «pregando» a eliminação de todas as suas funções sociais.
No debate que se seguiu às intervenções iniciais, surgiram questões relacionadas com a definição actual de «classe operária» e com as consequências da financeirização da economia mundial. Surgiram ainda opiniões acerca das condições para uma superação «positiva» das contradições em que o capitalismo mergulhou a sociedade, no mundo e no País.
No mesmo dia, foi inaugurada a exposição evocativa dos 160 anos da publicação desta obra fundamental do movimento comunista.