O inaceitável silenciamento do PCP
No último fim-de-semana, mais de três centenas de comunistas encontraram-se na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa para debater a situação da educação no nosso país, analisar os seus principais problemas e necessidades, propor medidas e soluções. Iniciativa esta que contou com a presença do Secretário-Geral do PCP, tal como com uma extraordinária visita ao Vale do Ave - região fustigada pelo desemprego, pela precariedade, pelos baixos salários - e que culminou com um magnífico comício em Guimarães. Diz quem lá esteve, e foram mais de mil, que há muito o Partido não realizava uma iniciativa assim.
Porém, com excepção da cobertura da imprensa local, nada disto existiu para os jornais, as rádios e as televisões nacionais. Sobre a acção e a iniciativa do PCP pesa cada vez mais o manto negro do silêncio. Um silenciamento que decorre – como sabemos – da natureza da propriedade desses mesmos meios de comunicação social e é agora aprofundado, precisamente num momento em que soam os alertas sobre o perigo de muitos daqueles que estão descontentes e revoltados com a política do governo PS identificarem no PCP a força mais combativa, mais consequente e determinada na luta por uma ruptura com a política de direita.
Ao mesmo tempo que procuram calar a voz do PCP, assistimos ao empolamento da de outros: dos que, partilhando responsabilidades sobre a actual situação do país, aguardam pelo desgaste do Governo PS para abocanharem novamente o poder; dos que, clamando contra as injustiças sociais, estiveram sempre alinhados com a política de direita; dos que, invocando a «unidade da esquerda», perseguem o objectivo sectário de impedir o crescimento e fortalecimento dos comunistas. Para todos esses não faltam as longas páginas de jornais, as manchetes, os directos, as sondagens simpáticas, os comentários e análises embevecidas com velhas «novidades». Levam-nos ao colo, como diz o Povo.
Naturalmente que não se procura nestas linhas fazer a análise esquemática de que a justeza da intervenção política se mede pela ausência de cobertura mediática. Procura-se, sim, chamar a atenção para o carácter inaceitável do tratamento dado na comunicação social ao PCP, para a necessidade de, tal como fazemos noutras dimensões da luta política e ideológica, também aqui levarmos tão longe quanto possível a denúncia e o vivo protesto contra esta situação. Mais, de reforçarmos os nossos próprios meios de intervenção junto dos trabalhadores e do Povo, os que na vida real garantidamente nos ouvem e acompanham na luta.
Porém, com excepção da cobertura da imprensa local, nada disto existiu para os jornais, as rádios e as televisões nacionais. Sobre a acção e a iniciativa do PCP pesa cada vez mais o manto negro do silêncio. Um silenciamento que decorre – como sabemos – da natureza da propriedade desses mesmos meios de comunicação social e é agora aprofundado, precisamente num momento em que soam os alertas sobre o perigo de muitos daqueles que estão descontentes e revoltados com a política do governo PS identificarem no PCP a força mais combativa, mais consequente e determinada na luta por uma ruptura com a política de direita.
Ao mesmo tempo que procuram calar a voz do PCP, assistimos ao empolamento da de outros: dos que, partilhando responsabilidades sobre a actual situação do país, aguardam pelo desgaste do Governo PS para abocanharem novamente o poder; dos que, clamando contra as injustiças sociais, estiveram sempre alinhados com a política de direita; dos que, invocando a «unidade da esquerda», perseguem o objectivo sectário de impedir o crescimento e fortalecimento dos comunistas. Para todos esses não faltam as longas páginas de jornais, as manchetes, os directos, as sondagens simpáticas, os comentários e análises embevecidas com velhas «novidades». Levam-nos ao colo, como diz o Povo.
Naturalmente que não se procura nestas linhas fazer a análise esquemática de que a justeza da intervenção política se mede pela ausência de cobertura mediática. Procura-se, sim, chamar a atenção para o carácter inaceitável do tratamento dado na comunicação social ao PCP, para a necessidade de, tal como fazemos noutras dimensões da luta política e ideológica, também aqui levarmos tão longe quanto possível a denúncia e o vivo protesto contra esta situação. Mais, de reforçarmos os nossos próprios meios de intervenção junto dos trabalhadores e do Povo, os que na vida real garantidamente nos ouvem e acompanham na luta.