Porto Rico ignora primárias
As primárias democráticas em Porto Rico saldaram-se por um estrondoso fracasso, com apenas 15 por cento dos 2,4 milhões de potenciais eleitores a irem às urnas. Para o Movimento Independentista Nacional Hostosiano (MINH), de Héctor Pesquera, a escassa participação na escolha do candidato à Casa Branca é uma mensagem clara contra o anexionismo.
«Felicitamos o povo por ter optado massivamente pela abstenção e ter enviado uma mensagem contundente de que a imensa maioria dos porto-riquenhos não caiu no engodo anexionista», afirmou Pesquera, citado pela Prensa Latina.
Segundo o dirigente do MINH, a população aspira a um processo sério de descolonização e ao estabelecimento de uma relação digna com os EUA.
«O povo é o verdadeiro vencedor desde indecoroso espectáculo de colonizados dançando, com a infame encomenda de seleccionar o candidato que irá presidir à nação que há 110 anos nos mantém submetidos ao colonialismo», disse Pesquera, felicitando os mais de dois milhões de eleitores que ficaram em casa e exigem que não se desbaratem fundos públicos «em assuntos alheios ao bem-estar do povo».
Para a socióloga Inés Quiles, da Universidade de Porto Rico, o idioma inglês foi a «chave do fracasso» destas eleições, pois ao contrário do que se pensa nos EUA apenas uma minoria da população fala aquela língua. Os porto-riquenhos resistem ao uso do inglês – imposto desde a invasão dos EUA em 1898 – e continuam a exprimir-se maioritariamente em castelhano.
Acresce, segundo a catedrática e analista política, que a população considera um contra-senso que os candidatos à Casa Branca prometam melhorar as suas condições de vida quando o atraso económico do país se deve justamente aos EUA.
De referir que mais de 50 por cento da população de Porto Rico é pobre, o desemprego supera os 14 por cento, e a maioria do povo mal concede aceder aos cuidados de saúde e a uma habitação condigna.
«Felicitamos o povo por ter optado massivamente pela abstenção e ter enviado uma mensagem contundente de que a imensa maioria dos porto-riquenhos não caiu no engodo anexionista», afirmou Pesquera, citado pela Prensa Latina.
Segundo o dirigente do MINH, a população aspira a um processo sério de descolonização e ao estabelecimento de uma relação digna com os EUA.
«O povo é o verdadeiro vencedor desde indecoroso espectáculo de colonizados dançando, com a infame encomenda de seleccionar o candidato que irá presidir à nação que há 110 anos nos mantém submetidos ao colonialismo», disse Pesquera, felicitando os mais de dois milhões de eleitores que ficaram em casa e exigem que não se desbaratem fundos públicos «em assuntos alheios ao bem-estar do povo».
Para a socióloga Inés Quiles, da Universidade de Porto Rico, o idioma inglês foi a «chave do fracasso» destas eleições, pois ao contrário do que se pensa nos EUA apenas uma minoria da população fala aquela língua. Os porto-riquenhos resistem ao uso do inglês – imposto desde a invasão dos EUA em 1898 – e continuam a exprimir-se maioritariamente em castelhano.
Acresce, segundo a catedrática e analista política, que a população considera um contra-senso que os candidatos à Casa Branca prometam melhorar as suas condições de vida quando o atraso económico do país se deve justamente aos EUA.
De referir que mais de 50 por cento da população de Porto Rico é pobre, o desemprego supera os 14 por cento, e a maioria do povo mal concede aceder aos cuidados de saúde e a uma habitação condigna.