Pobreza e degradação ambiental resultam do capitalismo
Cerca de 60 países da UE, América Latina e Caribe reuniram-se em Lima, no Peru. Sob a capa do combate à pobreza e à degradação do meio ambiente, a UE pretende impor aos países e aos povos da região maiores e mais vantajosas condições de exploração para o capital transnacional, advertiram os Partidos Comunistas e Operários da UE em encontro que precedeu a Cimeira.
Os povos da América Latina exigem soberania e progresso
Na declaração final do conclave, a maioria dos governantes europeus, latino-americanos e caribenhos comprometem-se a estabelecer acordos visando combater a pobreza e o esgotamento ambiental. Na declaração final, o presidente anfitrião, Alan Garcia, adiantou ainda a vontade dos participantes em dar resposta à crise alimentar mundial, à erradicação do analfabetismo no subcontinente, à escalada belicista e aos conflitos entre as nações, mas a realidade mostra que as conclusões da Cimeira pouco passam de palavras e intenções que, no fundamental, visam encobrir a dominação das multinacionais na região pela mão do directório político da UE, como aliás notam os Partidos Comunistas da UE em documento que abaixo reproduzimos na integra.
Excepção ao consenso geral merecem Cuba, Bolívia, Venezuela e Equador, cujos representantes sublinharam que a ordem mundial capitalista é a principal responsável pelos flagelos sociais que persistem na América Latina e no Caribe. Pobreza, exclusão social, desigualdade extrema, analfabetismo e iliteracia, esgotamento dos recursos e degradação do meio ambiente decorrem do sistema irracional de produção, distribuição e consumo imposto pelo capitalismo, por isso só os processos progressistas e revolucionários abrem caminho à superação dos problemas indicados, destacaram.
Combater a mistificação
Ilustrativo da mistificação foi o facto de Alan Garcia, tal como outros congéneres, proferir discursos compungidos com a miséria e a poluição, mas, no concreto, aliar-se ao colombiano Álvaro Uribe – que suportado por uma campanha mediática antes e durante a Cimeira procurou acicatar os ânimos de um conflito com a Venezuela, como denunciou Hugo Chávez – no ataque à Bolívia e ao Equador.
Em causa está a rejeição de Rafael Correa e Evo Morales em ratificarem um Tratado de Livre Comércio com a UE nos mesmos termos dos acordos propostos pelos EUA. Colômbia e Peru, países que com a Bolívia e o Equador formam a Comunidade Andina de Nações, já fizeram saber que assinam de cruz, facto que mereceu a resposta de Correa.
Alargando o âmbito da questão, Morales criticou o capitalismo e as intenções draconianas da UE na América Latina e Caribe, exortando os países europeus a concretizarem as preocupações manifestas, por exemplo, através da abertura de um fundo sem juros ou outros interesses que sirva exclusivamente para que a região eleve o nível de vida das populações.
Paralelamente à Cimeira UE-ALC decorreu também uma Cimeira dos Povos. Na iniciativa, as organizações participantes vincaram que o desenvolvimento humano, a democracia e o equilíbrio ecológico do planeta não são conciliáveis com o neoliberalismo que subjuga nações, privatiza recursos fundamentais como a água, a terra e outros, condena à fome milhões de seres humanos para garantir os interesses das multinacionais.
Excepção ao consenso geral merecem Cuba, Bolívia, Venezuela e Equador, cujos representantes sublinharam que a ordem mundial capitalista é a principal responsável pelos flagelos sociais que persistem na América Latina e no Caribe. Pobreza, exclusão social, desigualdade extrema, analfabetismo e iliteracia, esgotamento dos recursos e degradação do meio ambiente decorrem do sistema irracional de produção, distribuição e consumo imposto pelo capitalismo, por isso só os processos progressistas e revolucionários abrem caminho à superação dos problemas indicados, destacaram.
Combater a mistificação
Ilustrativo da mistificação foi o facto de Alan Garcia, tal como outros congéneres, proferir discursos compungidos com a miséria e a poluição, mas, no concreto, aliar-se ao colombiano Álvaro Uribe – que suportado por uma campanha mediática antes e durante a Cimeira procurou acicatar os ânimos de um conflito com a Venezuela, como denunciou Hugo Chávez – no ataque à Bolívia e ao Equador.
Em causa está a rejeição de Rafael Correa e Evo Morales em ratificarem um Tratado de Livre Comércio com a UE nos mesmos termos dos acordos propostos pelos EUA. Colômbia e Peru, países que com a Bolívia e o Equador formam a Comunidade Andina de Nações, já fizeram saber que assinam de cruz, facto que mereceu a resposta de Correa.
Alargando o âmbito da questão, Morales criticou o capitalismo e as intenções draconianas da UE na América Latina e Caribe, exortando os países europeus a concretizarem as preocupações manifestas, por exemplo, através da abertura de um fundo sem juros ou outros interesses que sirva exclusivamente para que a região eleve o nível de vida das populações.
Paralelamente à Cimeira UE-ALC decorreu também uma Cimeira dos Povos. Na iniciativa, as organizações participantes vincaram que o desenvolvimento humano, a democracia e o equilíbrio ecológico do planeta não são conciliáveis com o neoliberalismo que subjuga nações, privatiza recursos fundamentais como a água, a terra e outros, condena à fome milhões de seres humanos para garantir os interesses das multinacionais.